Cap.209
— Ele não está atendendo… — Resmunga Lilith para Brady enquanto seguem para dentro da casa de Wendi.
— Como está ele? — Pergunta Wendi demonstrando desânimo.
— Bom… queríamos conversar sobre isso, mas a sua casa vai ser invadida em poucos minutos eu acredito. — Comenta Ayrlon.
— Eu vi vocês pulando o portão, estão com problemas, não é? Aqui é uma área restrita. — Explica ela.
— Sim e pior é que meu pai não atende, então significa que vamos ter que nos virar — Comenta Lilith.
— Você é filha de quem?
— Do Don, Cassius.
Wendi ergue as sobrancelhas surpresas.
— Bom… não é uma situação grave para chamar o Don. — Comenta indiferente.
— Minha senhora… — Resmunga Ayrlon. — A menos que você tenha um complô com eles a sua casa vai ser fuzilada.
— Não é para tanto, além disso… — Suspira tranquila indo até a cômoda velha no canto da sala, mas parecia que era apenas uma simulação, era abriu a parte de cima e revelou como se fosse um baú e tirou algumas pistolas. — Eu sou mulher de mafioso… ex de mafioso. — Explica pensativa.
— Estamos salvos! — Comemora Ayrlon Indo até a janela supervisionando tudo ao redor procurando qualquer sinal de algum invasor.
— Eles estão entrando. — Avisa enquanto Lilith e Brady sobem até o segundo andar buscando uma janela que pudesse ver a área da casa.
— Eles estão tentando pular… — Murmura Lilith com a voz falha ao ver eles sem jeito escalando o muro alto um com ajuda dos outros. — Isso é patético e eles… não parecem nem mesmo terem algum preparo para qualquer coisa.
— Isso é porque eles não tem. — Comenta Brady rindo da reação de Lilith.
— Eu não vou atirar neles! Parece tão jovens e… a gente está sempre convivendo com homens perigosos e… não faz sentido.
— Tudo bem, atire apenas para os manter longe até alguém chegar, que tal? — Diz enquanto Lilith dispara em direção ao muro e portão fazendo os bandidos se esconderem
Em meio a grande sala de reunião fazia ficou apenas Cassius, Ramis, Braston e Frederick, sentados observando a bagunça e os papéis espelhados.
— Afinal quem estava ligando? — Pergunta Ramis quebrando o silêncio.
— Lilith. — Diz pegando o celular procurando mensagens dela. — Não mandou nenhuma mensagem após me ligar? Que estranho…
— Ela disse que iria atrás de Breando hoje? — Comenta Ramis então imediatamente Cassius liga para o celular de Lilith.
— Tem problema? Eles estão em nossos limites.
— Mas a mãe de Brendo está fora dos limites, é perigoso eles saírem dos limites onde eu comando. — Diz preocupado, mas ninguém atende. — Vamos pegar as motos e ir buscar eles! — Ordena então seguem os quatro para o estacionamento até uma garagem privada onde guardam as motos de emergência para emergências.
— Quanto tempo de moto até onde a mulher de breando mora? — Pergunta Cassius enquanto colocam os capacetes e sobem nas motos.
— Sete minutos, mas… podemos chegar mais rápido pela parte de traz da cidade onde é mais isolado. — Diz em seguida ligando a moto, pilotando para fora do estacionamento, Cassius e Frederick seguem atrás dele e em alta velocidade seguem pela área deserta da cidade, por cada lugar que passavam eram como se fossem vultos nas motos até finalmente adentrarem no bairro onde Lilith e os meninos estão.
— Onde é a casa dessa mulher? — Pergunta Cassius. — Ah… — Suspira ao ver o carro deles sendo depredado.
— Ei seus moleques! — Rosna Cassius ao descer da moto sacando a arma.
— O que? — Diz um deles encarando Cassius até Braston tirar o capacete.
— Ei, pessoal! Olha quem está aqui! — Aponta um dos meninos para Braston.
— Podem sair, eu avisei que não era para mexer com essa casa. — Braston os alertou.
— Não estávamos mexendo com a casa, mas entraram pessoas estranhas aqui e…
— Que se f**a as regras e leis de vocês, se mexerem com meus sobrinhos eu vou cava uma cova para cada um de vocês. — Diz fazendo os rapazes engolirem em seco.
— Não fizemos nada, mas acho bom tirar essa mulher daqui, quando o chefe chegar, vai todo mundo descer.
— Ah é? — Pergunta Braston sacando a arma fazendo os meninos recuarem. — Suba e avise que já estou resolvendo se quiser ter uma vida, família se é que você vai ser um vagabundo.
— Vamos embora! — Grita o outro mais velho. — Da próxima vez…
— Não vai ter a próxima vez. — Diz Braston tranquilo enquanto Cassius e seus outros irmãos o observam.
— Fácil assim? Ninguém morre? — Pergunta Frederick.
— Esperava que eu metesse bala neles? — Pergunta Braston analisando o carro.
— Esperava e como esperava no mínimo uns cinco corpos.
— São moleques, vão morrer um dia, mas não pelas minhas mãos. — Comentou indiferente abrindo o carro destruído.
— Lixo. — Diz Cassius seguindo até o muro e em segundos se abaixa assim como seus irmãos ao ouvir os tiros. — Lilith! — Grita Cassius deliberadamente fazendo a menina ouvir sua voz.
— Como sabe que é ela? — Pergunta Frederick.
— É a minha filha, e é desgovernada igual a Laysa, é ela.
— Eu ouvi a voz de meu pai… será? — Se pergunta Lilith ao lado de Brady.
— Como eles saberiam? — Pergunta Brady.
— Não sei, diz indiferente atirando novamente no muro.
— Cassius está lá fora! — Grita Ayrlon ao subir a escada ao encontro deles.
Finalmente eles abriram o portão para os quatro homens.
— Onde estão os meninos? Vocês matarem eles? — Pergunta ela.
— Não tinha motivo suficiente já que são mascotes de seu tio Braston.
— O gueto é do tio? — Pergunta Lilith surpresa.
— Não é meu, esse lugar não é lucrativo para máfia, eu só tinha um acordo com o dono do morro caso contrário a Wendi não estaria viva não, ainda mais sendo quem ela é. — Comentou Braston indiferente.
— Mas ela já não estava no país faz anos, afinal… por que ela voltou? — Pergunta Cassius até a ver sair da casa os encarando desconfiada.
— Voltei pelo meu filho. — Confessa insegura.
— Por ele? Está de brincadeira? — Pergunta Cassius cético.
— Ela deve estar, como voltar para alguém que nem mesmo dá atenção, seu filho nem mesmo sai do quarto por sua causa, você está fazendo ele sofrer. — Diz Lilith seria.
— Eu não me sinto digna a falar com ele… — Confessa com os olhos marejados. — Eu quero ver meu filho, mas o que vou falar? Após a minha filha morrer por nossa causa, por nem mesmo ter dado ouvido a ele, os sinais, éramos tão ignorante, eu não vou aguentar ver ele me acusando, mesmo que ele tenha razão.
— Senhora Wendi, ele vai é te abraçar, ele sente falta é da mãe dele.
— O papo está até bom, mas está todo mundo sem carro e… — Comenta Cassius pensativo. — Temos quatro motos e mais quatro pessoas, tudo bem, vamos voltar para casa! — Diz de imediato.
— Mas eu não quero ir. — Antecipa Wendi.
— Pode ficar e morrer se quiser, não é minha responsabilidade. — Concorda Cassius indiferente lhe dando as costas.
— Não! Ela vai com a gente sim! — Rosna Braston a puxando junto. — Você está surda? Seu filho já veio aqui, ele já te ligou, eu respeitei isso, mas se você continua se vitimizando e ignorando ele, ficará sem nada.
— Mas eu já estou sem nada. — Lamenta enquanto ele a arrasta para fora.
— Por escolha, é fácil decidir não ter nada por escolha, mas e quando você não tiver opção? É isso que você quer? — Pergunta com indiferença.
— Não… eu nunca vou querer perder meu filho. — Murmura baixinho.
Eles seguem viagem, Ramis leva Lilith em sua moto, enquanto Cassius leva Wendi, assim os demais se dividem e seguem viagem abandonando a casa.