cap.220
Brendo e seus amigos seguem até a fazendo onde Caio e sua família estão hospedados, eles hesitam, pensam enquanto ainda estão em frente ao portão, mas Brady toma a iniciativa e entra mesmo que sem permissão e seguem até a grande casa.
— Tem certeza que eles não vão nos expulsar com uma espingarda? — Pergunta brendo inseguro, mas Brady dá de ombros e continua a seguir e bate à porta que rapidamente é atendida por Leydi que fica sem reação ao ver Ayrlon, ela ainda estava de pijama, camisa grande e calça branca de listras azuis com o cabelo desgrenhado.
— O que vocês fazem aqui? — Pergunta assustada.
— Você está tão fofa vestida assim… nem vejo seus pés com essa calça. — Brinca Ayrlon indo a abraçar enquanto ela parece cautelosa tentando se livrar do abraço dele.
— O que vocês fazem aqui? — Pergunta Caio ao descer a escada.
— Sogrão! — Grita Ayrlon de forma eufórica mesmo que por dentro estava morrendo de medo. — Viemos trazer seu segundo genro, onde está sua filha caçula?
Caio encara Brendo que disfarça engolindo em seco.
— Não sabia que Kity estava namorando esse rapaz.
— Pois está! — Esbafori Ayrlon.
— Não! — Refuta Brendo. — Bom… senhor… posso ver sua filha?
Caio ficou surpreso que os meninos viajaram todo aquele percurso apenas para que Brendo pudesse falar com Kity, Layla ficou surpresa com seu marido, já que ele recebeu os meninos sem brigar ou tentar colocá-los para fora.
Leydi correu até o quarto onde Kity ainda dormia, mesmo que estivesse naquele lugar lindo, ela não sentia ânimo para sair, até Leydi pedir que ela descesse para ver quem havia chegado para a visita.
Quando ela finalmente decidiu sair do quarto, assim que abriu a porta encontrou Brendo te esperando em frente à sua porta.
— Espero que queira me ver… — Murmura ele inseguro, mas suas dúvidas logo foram respondidas quando ela o abraçou calorosamente, parece que a presença dele mudou seu humor da água para o vinho, por finalmente saber que ele não estava m*l por sua causa.
— Acredito que o Don não vai se importar se faltarmos alguns dias não é? — Pergunta Ayrlon seguindo com Brady e Liz para a cozinha..
— Vamos contar com a sorte se voltarmos e ainda tivermos nossos empregos. — Brinca Brady.
Enquanto isso Lara permanece inquieta até que o horário do intervalo finalmente chega, Kaleb então vai até o seu o seu armário tirando a caixa térmica, um pouco incomodado com o comportamento de Lara.
— Você está estranha, está tudo bem? — Pergunta enquanto ela mantém as mãos escondidas entre as pernas.
— Estou bem… — Sorri desconcertada.
— Pensei que você não viria hoje, afinal ontem você tinha se machucado, mas veio como se nada tivesse acontecido, ainda assim… está tão estranha.
— Não é nada de mais. — Diz enquanto ele coloca um sanduíche embalado em sua frente.
— Você quer sair hoje? — Pergunta observando sua reação.
— Não, estou bem.
— Então eu trouxe nossa refeição do meio dia, podemos comer juntos.
— Por que você se importa? — Pergunta de forma abrupta e repentina.
— Como assim?
— Você… por que você cozinha essas coisas e mente dizendo que é sua mãe?
— Ah.. você tinha ouvido… bom… eu não daria tanto trabalho a minha mãe, eu já sou um homem e eu me importo porque eu sou um homem.
— Credo… você só tem dezoito anos. — Resmunga ela contorcendo a cara enquanto Kaleb parece sentir orgulho de cada palavra.
— E isso é uma fase adulta.
— Deve ser uma fase bem devassa… — Murmura com asco. — Já que você vai a uma casa noturna para ter noites com mulheres aleatórias.
— O que? Não! Eu… bom… eu e meus amigos só vai vê-las dançar, ainda assim… é bem caro aí a gente divide a mesma sala. — Confessa desconcertado.
— Então você não passa a noite com aquelas mulheres?
— não, nunca fiz isso.
— Então você é virgem! — diz em tom acusado o fazendo engolir em seco.
— Não... como eu posso ser virgem. — Murmura desconcertado.
— Sim, você é virgem. — riu Lara. — Você não pode ser homem, é um rapaz, não deveria fazer essas comparações.
— como assim? ser homem vai muito além de ser virgem ou não.
— Uhm... pode ser, mas você é jovem demais para ser um homem.
— Eu sou um homem.
— Não... — refuta a menina sentindo calafrios.
— qual o problema?
— Se você for um homem, eu não posso namorar com um homem, meu irmão nunca permitiria, e agora que eu sei que você não é gay, então...
— falando nisso, você não deveria ter se arriscado só para saber isso, além de ter sido constrangedor, foi perigoso.
— Eu não conseguia aceitar, você não entenderia a sensação de ver o rapaz que a gente gosta... — ela parou de falar abaixando a cabeça.
— O que está dizendo?
Lara encara o sanduíche em seguida o encara.
— Por que você faz isso?
— você não me respondeu.
— Antes me diga, porque você faz isso?
— Não é nada de mais, eu me importo com você e sua saúde, apesar de ter te conhecido a pouco tempo, só isso.
Lara sorri sem jeito em meio ao sentimento de frustração.
— Então você não gosta de mim?
— Lara... acredito que já tenha ouvido sobre seus sentimentos, e até tentei te afastar, você é muito nova, mesmo que eu gostasse de você, não serviria para mim.
— Não é grande diferença, além disso eu vou fazer dezesseis anos em menos de um mês.
— Ainda assim... não gosto de garotas tão novas.
— Como pode saber? você nunca namorou antes.
— E se eu te disser que gosto de alguém, outra menina, mulher...
— É sério? — pergunta petrificando.
— Sim! — confirma engolindo em seco desviando o olhar. — eu... ela é linda e mais velha, então não teria chances de criar sentimentos por você. — confessa engolindo em seco.
os olhos da menina rapidamente lacrimejaram mas ela desviou o olhar disfarçando.
— Tudo bem... não era nada tão sério. — balbucia, mas se contém.
— Você vai ficar bem? — pergunta ele sentindo o peito apertar.
— Quem disse que estou m*l? eu nem te conhecia até um dia desses, não deve ser levado em consideração um sentimento i****a desses. — diz ela forçando um sorriso mantendo seu olhar fixo a planilha, arrebatando uma caneta.
— Ok, eu tenho algumas entregas agora, em quinze minutos estou de volta. — avisa inseguro se afastando dela e se retirando dali, assim que ele sai Lara permiti que as lágrimas caiam sobre os papéis se matando silenciosa enquanto seu peito queimava e doía.
Ela se esforçou ao máximo, segurou as lágrimas, pegou o sanduíche que ele havia lhe entregado e jogou no lixo.
— Tanto faz! — rosna baixinho enxugando as lágrimas.
As quatro horas da tarde todos os pedidos já tinham sido completados, ela não encarou kaleb nenhuma vez após a última conversa, tudo que falava eram palavras simples, e avisos do trabalho e somente.
mandou uma mensagem para Cassius avisando que iria para casa com os seguranças de seu pai, mas na verdade ela se enfiou no banheiro do departamento de esporte se trancando, se sentou sobre o vaso e se pôs a chorar quieta.
— Ele é tão cruel... — sussurra usando a blusa que já estava encharcada para enxugar as lágrimas que não paravam de cair.
kaleb arrumava o balcão quando avistou o sanduíche que ela jogou no lixo, após ter dito aquelas coisas a ela a sua mudança foi tão brusca que nem mesmo ele ficou bem, ainda sentia aquela sensação r**m por tê-la machucado, mesmo que tentasse somente a afastar.
Ele a esperou sair do banheiro, mas já havia se passado uma hora e ela ainda estava lá, então discretamente ele entra e pára em frente a porta que ela está e ouve os discretos soluços entregando que ela estava chorando.