Capítulo.204
— Até que vieram cedo. — Comenta Alan Diggory em frente a entrada do estúdio observando os três rapazes sentados em um dos sofás com a cara emburrada enquanto esperam as suas namoradas trocarem de roupa.
— Pelo menos deu tempo de cumprir a grade de ensaios fotográficos, em uma semana todos os catálogos estarão prontos, além dos anúncios.— Comenta Enrico.
— Até que Lili foi útil. — Diz Alan.
— Você já disse que hoje é o último dia dela na agência? — Perguntou Alexandre.
— Ela já sabia desde a última reunião, mesmo sendo um pouco impulsiva, ela entendeu quando errou e que tudo tem uma consequência, mas como ela me ajudou a não perder algumas campanhas, ela ainda será chamada para trabalhar aqui, além de algumas das meninas.
Assim que Lilith sai segue até Ramis com as suas primas ao seu lado.
— Pensei que vocês iriam até o camarim também. — Comenta ela indiferente.
— Para ser recebido por outra bomba tóxica de cor? Qual cor dessa vez? Azul? — Pergunta de mau humor.
— Também não é para tanto, além disso já acabou os ensaios de hoje, eu tenho que levar as meninas para suas casas e pegar meu carro na casa de Brady.
— Samir e Sandres são se responsabilizar em deixar todos em casa, você vem comigo. — Avisa segurando em sua mão a conduzindo para a saída.
— Ah… obrigada senhor Alan, Alexandre e Enrico. — Diz atropelando as palavras enquanto Ramis a puxa. — E não esqueça meu pedido, a gente fez um trato! — Grita ainda na entrada.
— Não sou de quebrar acordo, senhorita Seagreme. — Responde Alan.
— Qual acordo você fez com ela? — Pergunta Alexandro discretamente.
— Ela pediu para colocar a tia caçula dela como prioridade, arrumar algumas campanhas para manter ela sempre ativa.
— Ohm… a Lilith tem suas favoritas?
— Obviamente.
As meninas ainda estão a sem reação enquanto Ramis arrasta Lilith que arrebata sua bolsa pendurada junto às outras no suporte.
— Olha… — Murmura fany com a falha e olhar confuso. — Tínhamos três dias para conseguir pegar aquele aparelho da mão de Lilith, alguém conseguiu mexer na bolsa dela?
Mas as meninas se entreolham e disfarçam.
— Isso vai dar problema… — Diz Eloy entre os dentes cerrados.
— Ah se vai, se Ramis ver…
— Ela não é doida de mostrar. — Comenta Leydi esticando os lábios em um sorriso apreensivo.
— É a Lilith, é a Lilith… — Murmura Lara. — Além disso, estávamos com tanto trabalho que foi quase impossível tocar em sua bolsa, sendo que ela estava sempre perto.
— Do que as mocinhas estão falando? — Pergunta Sandres se aproximando de Fany, gentilmente segurando sua face e lhe dando um breve selinho.
— Nada de mais, podemos ir agora.
— Sim, sim. — Concorda Samir segurando a mão de Eloy para seguirem.
Enquanto elas rezavam baixinho desejando que Lilith não tirasse aquilo da bolsa.
Enquanto isso Ramis segue com ela até o estacionamento, as coisas estavam um pouco confusa desde o elevador até a saída dele, apesar de que estava com ciúmes outrora, após Alan contar que ela não viria mais a empresa diariamente e que deixaria de ser contratada, isso o deixou um pouco preocupado com ela, mas a menina parecia de excelente humor.
Ela silenciosamente segue para o carro abrindo a porta do banco do passageiro da frente e se senta esperando Ramis.
— Tudo bem… você está pensando em matar quem agora? — Pergunta desconfiado.
— Ninguém.
— Como assim? — Sorri desconcertado. — Está feliz porque se você foi demitida?
— Não, Ramis… mas está tudo bem, foi justo, estou feliz porque eu cumpri uma missão! E… supostamente não sai totalmente, agora eu tenho que resolver o problema que meu pai tem na academia.
— Que problema ele precisa que você resolva?
— Ele sente vergonha de contar, então eu não vou contar, nem tudo posso sair falando, ainda mais que não quero constranger meu primeiro amor.
— Quem? Eu sou seu primeiro amor.
— Ramis… — Murmura com ironia o encarando. — Levando em conta que meu primeiro namorado foi o Ayrlon, você nunca vai ultrapassar o amor que eu sinto pelo meu maior herói do mundo inteiro.
— Sabe que Cassius não gosta de ser chamado de herói.
— Eu sei… mas longe dele posso falar.
— Respeito, até porque ele é seu pai. — Comenta desanimado girando a chave do carro o ligando, mas Lilith o interrompe repentinamente ao tirar a chave. — Não quer ir? De novo vai brigar? — Pergunta incomodado.
— Na verdade não. — Diz o encarando apreensiva deslizando a mão por pela nuca dele bagunçando seu cabelo lhe arrancando um sorriso gentil. — Não sentiu saudades de mim? Estou tão aliviada que toda bagunça acabou, mas você nem sentiu saudades de mim, nem me ligou. — Resmunga Ramis puxa a sua mão que estava em seu cabelo e traz ela até si a encarando nos olhos deslizando sua mão livre por sua mandíbula até sua nuca.
— Você mereceu, não acha?
— Ah… mas o roxo tinha te deixado sexy. — Diz com um ar admirado de repente parecendo dispersa a deslizar a ponta dos dedos por sua barba recém feita.
— O que está fazendo?
— Pensando… com certeza eu quero viver a vida inteirinha ao seu lado, Ethan. — Declara com a voz mansa o admirando.
— Você sabe me deixar irritado e me desarmar quando quer não é? — Pergunta beijando a palma da mão dela a encarando fixamente nos olhos.
— Você estava armado?
— Esquece a ironia, mas eu talvez fique de outra forma. — Murmura a apertando em seus braços a colando contra seu corpo a beijando profundamente, ela o abraça por cima dos ombros retribuindo seu beijo com ainda mais maestria o fazendo interromper o beijo. — Melhor irmos para meu apartamento.
— Depende… você vai me deixar te usar hoje? — Pergunta voltando a se sentar, Ramis a encara por alguns segundos petrificado.
— Me usar?
— Sim, ué.
— É isso? Você quer me usar?
— Obvio! E além disso você é mais potente que um vibrador, certo?
— Como é? — Sorri sem graça.