190

1444 Words
Cap.190 Após o fim da confusão e Kaleu ir embora, Cassius também segue para casa, Braston por sua vez segue para a Shine Record para buscar Lilith. Ela e Charlie acabaram simpatizando uma com a outra, Lilith até mesmo esquece-se dos ensaios enquanto se distrai na sala de Charlie, ela passou todo tempo com a cara enfiada em um dos romances de Charlie enquanto ela trabalhava em sua mesa. Braston procurou por Lilith até que um dos editores avisou onde que ela estava, então seguiu até a sala de Charlie. — Ola, — Diz Charlie ao atender a porta. — Ah… você é o… — Braston, minha sobrinha está aqui, vim buscá-la, — Avisa entrando na sala encontrando Lilith jogada no sofá com a cara no livro. — Ah… que bom que ela está bem. — Diz aliviado. — Ela ficou bem agitada no estúdio de fotos, parece que gostou de ficar aqui. — É o espaço perfeito para ela, Lilith é uma menina autista, não leve a m*l seu comportamento, é um pouco difícil o barulho o tanto de pessoas desconhecidas, eu não consegui ficar para ajudá-la aqui é muito bagunçado. — Ah… você também é? — Pergunta ainda surpresa. — É o que dizem, mas eu ignoro, só estou falando da real situação dela para que vocês possam ajudá-la. — Claro, obrigada por avisar, ela quase não fala sobre nada relacionado a isso. — Não vivemos falando disso como se fosse uma doença contagiosa, não há nada de errado, apenas tenha certos cuidados para não deixá-la estressada. — Tio! — Pula do sofá ao vê-lo. — Você me deixou sozinha, não aguentou, não é? Eu quase não consegui e aquelas meninas riram de mim. — Comenta com naturalidade entrelaçando seus braços ao dele. — Bom… você tinha que imaginar que teria que lidar com outras meninas. — Sim… eu fui tão bem no meu primeiro dia que eu tenho três ensaios fotográficos amanhã. — Está se sentindo feliz nessa nova trajetória? — Com certeza, finalmente minha beleza concedida pelos deuses deixou de ser algo sem finalidade, posso mostrar ao mundo! — Comemora animada. — Bom… posso parecer um pouco rude, mas obrigada por cuidar dela. — Diz Braston ao encarar Charlie que observa os dois com curiosidade. Braston leva Lilith após ela se despedir, enquanto isso Cassius acaba de chegar em casa, procura por Laysa e ouve vozes na cozinha, seus dois filhos e ela, estão cozinhando juntos. — Está feito, mãe… eu vou seguir a carreira de medicina, a Taynara também pensa em seguir a carreira como médica pediatra, quero estar ao lado dela me formar ao lado dela. — Comenta calisto enquanto mexe a massa de bolo. — Então você decidiu seguir uma carreira diferente de seu pai? — Pergunta Laysa enquanto procura algumas formas no armário. — Você sabe que eu super respeito o papai, não sabe? Além disso se ele quiser me manter na máfia eu posso ser como o Nate, trabalhar pela máfia e ter uma carreira internacionalmente conhecida, Nate não faz nada ilegal, mas tenho medo que o meu pai desaprove, além do mais se ele saber que eu estou apaixonado pela filha do Nate… — Ela só tem treze anos e você só quinze! — Rosna Cassius entrando na cozinha assustando os três. — Eu sei… — Eu nunca parei para conversar com você sobre isso porque você vive enfiado na casa de Nate, mas independente de eu não ir com a cara dele, eu jamais vou querer saber de você cortejando uma menina de treze anos. — Eu e ela somos só amigos, eu… eu não fiz isso, além disso… a mãe já conversou comigo e se eu quiser qualquer coisa com ela, eu tenho que esperar e eu vou, eu não ligo para o tempo. — Exatamente! E falando sobre… sua decisão de fazer medicina. — Murmura um pouco desconcertado. — Desde que você era mais novo eu já sabia que você tinha cara de doutorzinho sem sal, eu não vou me opor e seria um péssimo pai se dissesse que queria você na vida do crime, porque você sabe bem o que eu faço, mas eu não criei meus filhos para seguir a máfia, mas sim para se defender dela, então se você quiser seguir qualquer carreira ao invés dos passos de seu pai, eu estarei morrendo um pouco mais tranquilo, a minha vida é proteger e manter vocês seguros, e sinceramente a gente está vivo por ser sangue frio, vocês todos não tem ideia e nem aguentariam torturar, matar, cortar, passar a identidade que eu e seus tios tem, é isso que mantém os urubus longe, somos os predadores na cidade. — Você… me dá medo, pai. — Murmura Anabel. — E você que não tenha, agora saiam da cozinha, agora eu quero brigar, beijar outras coisinhas com a minha mulher. Imediatamente os meninos saem enquanto ele deixa o blazer sobre a mesa e afoga a gravata encarando Laysa. — Como assim briga? — Pergunta indo até ele. — Você causou problemas, me explica por que rastreador? — Perguntou ele a encarando nos olhos. — Ah… aquilo… — Suspirou revirando os olhos. — Está desligado, foi só a força do calor, impulso, não aguentei ver aquela prostituta, mas depois passou, não somos mais crianças, nenhuma de nós usa aquilo, na verdade a gente nunca usou, quer ver a última data em que ligamos? Eu tenho acesso a todos os sinais, a miliana então, nem mesmo chegou a ligar, ela confia em Kaleu de uma forma tão linda, assim como eu confio em você, só não sei segurar os impulsos, mas você sabe que sempre confiei em você, não é? — Pergunta colocando os braços por cima dos ombros dele. — Eu sei… mas hoje pela primeira vez Kaleu brigou com a mulher dele, admito que foi uma das piores cenas que eu já vi, porque Kaleu trata ela como uma porcelana que ninguém encosta e nem olha, você sabe o cuidado que ele tem com o que é dele. — Está falando sério? Eu fiz eles brigarem? — Pergunta surpresa ao mesmo tempo se sentindo culpada. — Brigaram e a menina deles viu, Kaleu nem mesmo se importou, achei curioso a reação dela, porque se nossos filhos nos ver gritar um com o outro ou brigar, eles acham tão comum e às vezes engraçado porque somos intensos, mas Kaleu e sua família é o oposto da gente, estou dizendo isso, porque sei que você ama a amizade da mili, mas não inclua ela nas suas loucuras, eles preferem serem mais pacíficos e eu respeito isso. — Eu também respeito, eu não queria… — Lamenta encostando a testa no tórax de Cassius. — Está tudo bem, apenas se afaste um pouco, eles já se resolveram, eu também pisei na bola quando contei a ele sobre o rastreador. — Ele deve ter ficado bem alterado, não é? — Ah…. Ele ficou, tanto que acabou passando a noite acordado. Dentro da sala de reunião. Conversaram sobre o ocorrido, logo após Cassius a ajudou a terminar de cozinhar e seguiram para o quarto, onde ficavam horas juntos, até que Lilith chegasse. Depois que Braston a deixou em casa, ela seguiu para cada quarto chamando os irmãos e os pais os fazendo sair do quarto. — Ok, vocês não estão prontos para isso. — Diz empolgada. — O que foi? — Pergunta Cassius. — Eu arrumei um novo emprego! Já posso sair de casa! — Anuncia dando pulinhos de alegrias, seus irmãos nem reagem, muito pelo contrário. — Sai de casa? — Rosna Cassius. — Teu… — Prende a fala mantendo a calma. — Está trabalhando em que? Onde? — Não é de sua conta! — Grita correndo para o quarto trancando a porta cantarolando e rindo com a nova fase. — Ela disse isso mesmo? — Pergunta Cassius sem reação. — Ela disse… não é de sua conta. — Comenta Anabel dispersa. — Ela está muito ferrada, mas está muito ferrada. — Cassius range os dentes. — Deixa ela, só está muito feliz, você sabe que às vezes ela é direta e desbocada assim quando está muito feliz. — Comenta Laysa tentando defender. — Desbocado vai ficar eu quando pegar o cinto e dar uma lição nela, hum, desbocada. — Resmunga voltando para seu quarto batendo a porta. Lilith já estava nas nuvens ao ver suas fotos no site da Shine Record, todas as fotos de seu teste, ela teria ensaios variados, roupas de grifes, lingeries, festa e roupas de banho, estava empolgada com cada detalhe além de seu cadastro na empresa, seus olhos brilhavam.
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