Cap.214
Era final de tarde quando Lara se sentou na arquibancada ao lado de Mary, ambas desanimadas enquanto esperavam uma oportunidade para seguir Kaleb.
— Você tem certeza que ele é mesmo gay? — Insiste Lara.
— Obvio, ele só anda com aqueles amigos e ver só isso. — Diz quando os três se encontram na quadra e se reúnem formando um triângulo fechado. — Se isso não for um trio romântico eu não sei mais o que é.
— Então… levando por esse lado, eles bem que parecem um casal mesmo.
— Um trio. — Corrige Mary.
— Então fechou, amanhã saímos cedo e vamos nos encontrar lá. — Diz um dos meninos empolgados. — Pelo menos dessa vez cada um paga o seu.
— Exatamente. — Diz Kaleu.
— Cara… mas foi injusto deixar a gente todos esses dias trabalhando só para te pagar e fazer dinheiro para pagar o serviço.
— Nada mais justo que isso e lembrando que vocês vão continuar trabalhando comigo no depósito de material bélico.
— Cara… — Resmunga um dos meninos. — Eu realmente não quero, mas eu tenho um novo vício, ah… as valquíria. — Murmura baixinho se divertindo com os rapazes enquanto as meninas tentam ouvir furtivamente um pouco mais da conversa e entender, mas já era tarde os meninos saíram.
— Então é amanhã! — Comemora Mary.
— Sim! Eu vou ali na sala de meu irmão mais velho. — Diz Lara eufórica pulando cada degrau seguindo para o elevador ela foi até o andar onde ficava a liderança, nem mesmo bateu na porta, apenas entrou em alvoroço interrompendo Cassius em uma ligação.
— O que está fazendo? — Pergunta ele ao se levantar indo em sua direção após encerrar a ligação.
— Eu preciso de você! — Anuncia ansiosa.
— Ohm… que fofa, deixa eu ver. — Murmurou apertando o rosto da menina analisando-a. — Está mais corada, parece bem, não está tão fraca, tudo bem, me diga do que precisa.
— Pode me emprestar seu carro para amanhã? — Pergunta de imediato enquanto Braston e Frederick encaram curiosos os dois assim como Kaleu, mas Cassius indiferentemente coloca a mão no bolso tirando a chave e entregando a ela sem retrucar.
— Tudo bem, mas me entregue ele inteiro. — Finaliza voltando a se sentar, Lara sair correndo que nem uma desgovernada comemorando.
— Deixa o pai saber o que você acabou de fazer. — Comenta Braston com a voz arrastada.
— A Lara sabe dirigir, não esqueça que ela já tem carteira e até onde sei ela dirige melhor do que atira.
— E ela não atira nada m*l. — Contarola os três em seguida voltando ao trabalho.
— Encerramos em duas horas a conferência. — Anuncia Kaleu.
— Ook e como está a décima potência?
— Está prestes a perder seu lugar para a próxima potência e eu já te digo, é uma das que Orfeu está investindo.
— Ela vai cair?
— Vai, mas podemos levantá-la logo, logo, tanto Alan, como Galileu e eu já fizemos os investimentos que eram preciso, agora esperar pelos resultados e bum! Temos a décima potência de volta, porém acredito que a décima potência mafiosa possa subir tanto que tome três posições, os outros investidores podem pensar que estamos privilegiando eles.
— Está na hora de fazer uma reunião, da sexta potência até a décima estão fora de nossos planos de pedir ajuda, mas inclui-los para saberem com o que estão lidando antes que comecem a se matar e perdemos a chance de manter nossas empresas protegidas.
— Tudo bem. — Concorda Kaleu. — Peça a sua filha para preparar o anúncio para que a gente consiga marcar essa reunião. Afinal onde ela está? Você disse que ela voltou ao trabalho.
— Sim, ela voltou. — Diz Cassius desconcertado, ele sabia exatamente no que Lilith estava empenhada agora e nesse exato momento a menina estava vasculhando nos armários dos rapazes para descobrir qual deles estavam mandando cartas a Cassius, já que ela estava interceptando e escondendo tudo que chegava no andar de cima.
Mas como sempre Cassius recebia as flores e chocolates e cartas, mas não havia pista de quem seria, então era mais um dia que ela voltava para o vestiário e se sentava no banco, pensativa.
— Amanhã eu vou começar bem cedo… — Resmunga ela, mas recebe uma mensagem do seu pai.
/Preciso que você dê uma pausa e programe uma reunião com os oito líderes das potências principais da cidade ainda para essa semana.
— Ah… — Resmunga ao ler a mensagem.
— Tudo bem! Diz entrando no banheiro, mas assim que o faz duas pessoas entram no banheiro discretamente.
— eu não acredito que o Don vá gostar de saber que está recebendo essas coisas. — Comenta a menina o repreendendo.
— Você sabe. Todos aqui admiram e gostam dele.
— Mas não da forma que você gosta.
— Corrigindo, não da forma que eu e mais cinco gostamos.
— Cinco? — Sussurra Lilith cética.
— Vocês todos ficam me mandando entregar essas coisas na recepção, isso ainda vai dá problema, além do Don ser casado, ele nunca vai olhar para você.
Lilith silenciosamente sobe no vaso e tira fotos dos dois para ver quem poderia ser e investigar quem eram os outros cinco, eles abreviam sua conversam e saem sem nem mesmo perceber que Lilith estava ali.
— Ha! — Esbafori eufórica. — Eles nem me viram, eu sou o próprio Batman! — Comemora olhando a foto, mas não reconhece o menino que aparenta ter em torno de vinte anos. Lilith sorri sem acreditar. — O papai arrasando o coração até dos bem jovens, mas são cinco, então… — Murmura abrindo o armário cheio de cartas e flores. — Com certeza essas cartas não é da mesma pessoa. — Diz recolhendo tudo e levando consigo todas as flores e caixas de bombons.
Segue para casa em seu carro e quando chega em casa Laysa fica curiosa ao ver todas aquelas coisas.
— Você tem algum admirador secreto? Ou vários? — Pergunta cética.
— Não, na verdade são do papai, eu interditei essas coisas antes de chegar a ele. — Explica indiferente.
— Você está dizendo que tem mulheres enviando isso a ele?
— Claro que não, mãe. As moças da academia tem amor à vida, isso aqui não é de mulheres e sim de homens que gostam de meu papai. — Comenta seguindo até o sofá.
Laysa que estava prestes a ter um ataque de ciúmes mudou o semblante rapidamente seguindo Lilith até o sofá.
— Seu pai deve está tendo um surto. — Diz achando graça da situação.
— Ele nem sabe como lidar e ele é o Don o cara mais c***l da cidade e todos aqueles mimimis.
— Bom… por que você trouxe essas coisas?
— Porque parece que são seis homens querendo meu pai. — Quando Lilith disse isso, Laysa gargalhou tão alto caindo no sofá.
— Seu pai vai surtar geral, meter bala em geral, ele tem masculinidade um pouco frágil. — Confessa rindo, enquanto Lilith começa a abrir as cartas para as ler.
— Quero descobrir se são seis mesmos, então vou separar pelas fontes escritas.
A cada carta que Laysa lia era uma risada estridente que atravessava os tímpanos da Lilith que tentava se concentrar já estando impaciente, mesmo que ela achasse engraçado também, m*l conseguia rir.
— Ok, são seis ao todo. — Diz com uma das caixas de chocolate abertas, os comendo junto com Laysa.
— Pelo menos os chocolates são bons, você bem que poderia deixar eles mandando, enquanto recebo os chocolates.
— Não, o papai não gosta. — Diz indiferente, então arrumam tudo, mas Cassius acaba chegando antes e pegando as duas no flagra.