Capítulo 43

1228 Words
Nossos olhos mantinham uma conexão intensa, uma atração que parecia suspender o tempo ao nosso redor. Senti o toque do dedo de Murilo em meus lábios, enquanto seus olhos percorriam meu rosto, fixando-se em minha boca com um desejo palpável. Em seguida, foi a vez de Murilo tomar a iniciativa, erguendo seu corpo sobre o meu, com uma delicadeza que evitava sobrecarregar-me. Seu olhar mergulhou no meu, transmitindo uma mensagem silenciosa e envolvente, enquanto seus dedos traçavam meus lábios, com uma intensidade crescente. Meu coração acelerava e eu respirava ofegante, capturada por aquele momento simples, mas carregado de tensão e desejo. O silêncio entre nós era eloquente, e logo Murilo deslizou sua mão até minha nuca, selando nossos lábios em um beijo repleto de anseio e paixão. Não recuei, entregando-me ao beijo, com todo o desejo que fervilhava dentro de mim. Naquele instante, não havia nada no mundo que eu desejasse mais do que continuar beijando-o. Nossas línguas se encontraram, entrelaçando-se em uma dança perfeita e envolvente. Cada movimento era um convite a explorar ainda mais, intensificando o desejo que crescia entre nós. Murilo beijava com uma urgência apaixonada, como se quisesse me consumir inteira, e eu me perdia na intensidade daquele contato. Era como se estivéssemos contendo uma paixão latente por muito tempo, e agora ela finalmente se libertava. Sabíamos que aquele era um momento proibido, um erro delicioso e terrível, mas o desejo era mais forte do que qualquer razão. Eu não queria que terminasse. A cada segundo, nosso beijo se tornava mais profundo, mais intenso. A mão de Murilo, agora na minha cintura, me apertava com um desejo ardente. Ondas de arrepio percorriam meu corpo, intensificando-se a cada toque, a cada carícia. Sentia os beijos dele descendo do meu queixo para o meu pescoço, explorando cada centímetro da minha pele. Lentamente, ele trilhou o caminho de volta aos meus lábios, retomando o beijo com a mesma urgência de antes, como se cada segundo fosse precioso e inesquecível. Murilo mordiscava meu lábio inferior lentamente, provocando uma onda de calor que incendiava meu corpo de uma forma que eu nunca havia experimentado. A intensidade daquela sensação, desencadeada por um simples beijo, era avassaladora, deixando-me em um estado de êxta'se e confusão. Eu estava perdida, sem saber como reagir àquela enxurrada de sentimentos que me invadia. A mão de Murilo explorava meu corpo com uma ousa'dia que eu não só permitia, mas ansiava. Não coloquei limites em seus movimentos; pelo contrário, eu queria sentir cada toque, cada carícia. Era uma sensação completamente nova para mim, e os arrepios que percorriam minha pele eram intensos e maravilhosos, fazendo-me desejar mais e mais. Senti novamente sua boca deslizando, primeiro pelo meu queixo e depois, lentamente, pelo meu pescoço. O simples ato de sentir seus lábios na minha pele, juntamente com o toque de sua mão, incendiava meu ser de uma maneira indescritível. A boca de Murilo continuou sua jornada ousada pelo meu corpo, provocando suspiros e arrepios em cada contato. Fechei os olhos, rendendo-me completamente ao momento, e suspirei ao sentir seus lábios beijando suavemente meu colo. Sua mão deslizou da minha cintura para o meu bum'bum, apertando com mais intensidade. Involuntariamente, um gemi'do sussurrado escapou dos meus lábios. Meu corpo clamava por aquele contato, implorando por mais. Estava completamente entregue ao desejo, esperando ansiosamente que Murilo continuasse. E então, com delicadeza, ele afastou parcialmente o tecido da minha blusa, expondo meu se'io. Sua língua envolveu-o, com uma ternura ardente, e eu ge'mi, sentindo um calor intenso percorrer cada fibra do meu ser, acompanhado por uma pressão pulsante entre minhas pernas. — Por'ra! — Murilo exclamou de repente, assustado, praguejando em voz alta. Ele respirava ofegante, espelhando meu próprio estado de exci'tação e confusão. — Perdão, July, por favor, me desculpe — disse ele, a voz carregada de aflição. Com um movimento rápido e abrupto, ele pulou do sofá, como se tivesse sido surpreendido por um fantasma. Sentei-me, sentindo um misto de constrangimento e decepção. Engoli seco, evitando encontrar os olhos dele, mas sentia minhas bochechas arderem de vergonha. Por dentro, uma parte de mim lamentava que ele não tivesse continuado. "Que pensamentos são esses?", questionei a mim mesma, perturbada. Nunca tinha sentido algo tão intenso antes. Estava prestes a dar um passo com alguém que não era meu namorado, um passo que eu hesitara em dar por meses, por não sentir nada parecido. "O que está acontecendo comigo?", meu coração batia acelerado, confuso. Eu havia desejado me entregar para Murilo após um único beijo, algo que nunca acontecera com Túlio. Ali, sentada, meu corpo ainda pulsava com o calor do desejo que ele havia despertado, um desejo assombroso, intenso e insaciável. Perdida em meus pensamentos, senti-me confusa e assustada com a intensidade dos meus sentimentos. "Que va'ca você é, July. Desejou tran'sar com o melhor amigo do seu namorado", repreendi-me, envergonhada pelas emoções conflitantes que me assolavam. — Murilo, eu sinto muito, me desculpa — pedi, a voz embargada pelo constrangimento, incapaz de encontrar seus olhos. Ele balançou a cabeça negativamente, sentou-se ao meu lado e, com delicadeza, segurou meu rosto, me forçando a olhá-lo. — Não, July, você não fez nada de errado, por favor, não peça desculpas. Eu é que não deveria ter me deixado levar. O único errado aqui sou eu — disse ele, e eu o encarei, sentindo meu coração bater descompassado. Meus olhos se perderam nos dele novamente, e uma luta interna se instaurou em mim, tentando controlar o desejo avassalador de beijá-lo novamente. Mas a razão foi dominada pelo desejo. Desviei o olhar para sua boca, que parecia me chamar, e fui vencida pela atração. Com um movimento firme, segurei seu rosto e me lancei em seus lábios, com uma urgência desenfreada. Murilo pareceu surpreso com minha reação no primeiro instante, mas logo se entregou ao beijo, correspondendo com a mesma intensidade de antes. Sua mão envolveu minha cintura e, sem hesitar, sentei em seu colo, esquecendo-me de tudo ao redor. Nosso beijo reacendeu com faíscas de paixão, e eu me sentia completamente rendida a ele. Suas mãos percorriam minha cintura e costas, incendiando meu corpo. Sem timidez, retirei meu blazer, sem desviar os lábios dos dele. As mãos de Murilo retomaram seu ritmo audacioso em meu corpo, e eu ansiava por mais. Guiando suas mãos até minha bun'da, ele apertou e acariciou com desejo, me puxando ainda mais para perto dele. Senti claramente a ere'ção de Murilo, um sinal evidente de seu próprio desejo, tornando o momento ainda mais perigoso e exci'tante. Nunca me senti tão exci'tada como naquele momento. Uma sensação nova e intensa pulsava entre minhas pernas, minha i********e molha'da e vibrante. Mordi seu lábio inferior com desejo, e ele me abraçou com força, retribuindo o gesto. Gradualmente, começamos a nos acalmar, mas ainda nos beijávamos com um ritmo lento e delicioso. Nossas bocas se entrelaçavam de forma única, como se fossem feitas uma para a outra, em um encaixe perfeito. Envolvi meus braços ao redor de seu pescoço, abraçando-o com mais força. Meus dedos se entrelaçaram em seus cabelos e, naquele abraço, senti-me plenamente acolhida. Ele sorriu durante o beijo e eu retribuí o gesto, inundada por uma sensação de que estava completamente ferrada. Ali estava eu, ainda sem ter terminado meu namoro com Túlio, envolvida numa intimi'dade surreal com o melhor amigo dele e intensamente atraída.
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