Capítulo 8

857 Words
Túlio Smith Depois de deixar a casa de July, me dirigi à quadra onde havia combinado de encontrar os caras. Minha mente estava fervilhando de frustração com essa história interminável da virgindade de July. Sempre a mesma conversa e, quando penso que vai rolar, ela recua, dizendo não estar pronta. — E aí, cara, sumiu o dia todo — Marcelo me cumprimentou, assim que cheguei. — Estava na casa de uma gatinha — falei empolgado, retribuindo o cumprimento. — A July quer falar com você — Murilo me alertou, logo após meu cumprimento. — Já falei com aquela chata — desabafei, irritado, revelando minha insatisfação. — Por que não termina com ela, se a acha tão insuportável? — Murilo questionou, claramente desaprovando a forma como eu expunha minha namorada. — Tá doido? Acha que aguentei essa mina seis meses, sem sexo, para terminar agora? Logo ela vai ceder, ai termino com ela — falei, enquanto Marcelo sorriu, incrédulo. — Então para de falar m*l da sua namorada — Murilo repreendeu, sempre o defensor das virgens. — Relaxa, com minha namorada eu me entendo. Ela é louca por mim — respondi, achando graça, apesar do olhar sério de Murilo. Mia surgiu de repente, se agarrando ao meu braço com um sorriso malicioso. — Boa noite, rapazes — cumprimentou empolgada. — Assim como a Mia, que também é doida por mim, não é? — Provoquei. — Ainda bem que você sabe — ela respondeu, fazendo charme. — Ela é doida por você e por toda a torcida do Flamengo — Marcelo zombou, enquanto Mia deslizava para se sentar entre ele e Murilo com um sorriso provocante. — E você, Marcelo, adora, não é mesmo? — Mia perguntou, lançando um olhar malicioso na direção dele. — Claro que sim — ele respondeu, com um sorriso cúmplice. Mia roubou um beijo dele. Marcelo, aproveitando, deslizava a mão pela sua coxa, provocando olhares maliciosos de Mia. Após o flerte com Marcelo, ela virou-se com uma graça felina para Murilo, seus olhos brilhando com um desafio contido. — Vai jogar amanhã, Túlio? — Murilo perguntou, tentando desviar a atenção de Mia. — Sim. Estamos prontos para uma vitória — afirmei, tentando manter a conversa no assunto do jogo, já que Murilo não curtia muito a ousadia de Mia. Mas ela não estava disposta a deixar Murilo escapar tão facilmente. Com um sorriso travesso, ela começou a flertar abertamente com ele, enquanto ele tentava, sem sucesso, desviar das suas investidas. — Você não vai conversar comigo, Murilo? — Mia perguntou, sua voz manhosa misturada com um flerte descarado. Murilo, visivelmente desconfortável, mas tentando ser educado, respondeu: — Boa noite, Mia. Tudo bem? — Agora que você falou comigo, sim — ela disse, exalando um ar de satisfação. — Por que você nunca me dá atenção? — Eu sempre converso com você, Mia — Murilo replicou, tentando manter a conversa leve. — Mas nunca o quanto eu quero — ela disse, passando a mão pelo rosto dele, de forma provocante. Murilo, visivelmente frustrado, removeu a mão dela com delicadeza, mas firmeza: — Não comece, Mia. Você sabe que não sou da torcida do Flamengo. — Para você, eu posso fazer uma exceção. Você sabe que sempre te quis — ela insistiu, mantendo o tom flertador. — É o meu preferido, um príncipe muito gostoso — ele suspirou, sem paciência. Eu e Marcelo trocamos olhares divertidos, observando Murilo se esquivar habilmente das investidas de Mia, que parecia decidida a conquistá-lo, não importando o quanto ele resistisse. — O Murilo está de TPM hoje, Mia. Liga não — brinquei, rindo. — Volta a dar moral pra mim. Mia se levantou e veio na minha direção com um sorriso sacana. — Na minha casa ou na sua? — Ela perguntou, sem cerimônia. — Na sua. Em cinco minutos — sussurrei. — Tudo bem — ela disse, saindo em direção à sua casa. Marcelo fez uma careta. — Cara, você é doido. Se a July descobre acabou, você sabe, não é? — Questionou. — Até ela resolver, preciso me manter ativo — respondi, divertido, mas Murilo não achou graça. — A garota não merece isso. Melhor terminar com ela — ele aconselhou, sério. — Cara, você é chato — dei um tapa de leve na cabeça dele. — Relaxa um pouco, pega a Mia, ela é louca em você. — Em mim e na torcida do Flamengo. Tô de boa — Murilo respondeu, mantendo sua postura. — Ela é deliciosa, Murilo. Você devia aproveitar — insisti. — Isso não tem como negar — Marcelo aprovou, entusiasmado. — Pega pra vocês — ele retrucou, despreocupado. — Vou lá agora — disse, empolgado. — Se a July ligar, fala que estou no jogo. — Vai acabar sem namorada, mas o problema é seu — Marcelo comentou, sorrindo, enquanto Murilo apenas balançava a cabeça, desaprovando. — Mas demora que ela termina comigo — afirmei, despreocupado e caminhei até a casa de Mia. Ao chegar, ela me puxou para dentro, beijando-me com urgência. “Isso sim é mulher, sem frescuras, pronta para sentir prazer e me satisfazer”, pensei, entregando-me ao momento.
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