Túlio Smith
Depois de deixar a casa de July, me dirigi à quadra onde havia combinado de encontrar os caras. Minha mente estava fervilhando de frustração com essa história interminável da virgindade de July. Sempre a mesma conversa e, quando penso que vai rolar, ela recua, dizendo não estar pronta.
— E aí, cara, sumiu o dia todo — Marcelo me cumprimentou, assim que cheguei.
— Estava na casa de uma gatinha — falei empolgado, retribuindo o cumprimento.
— A July quer falar com você — Murilo me alertou, logo após meu cumprimento.
— Já falei com aquela chata — desabafei, irritado, revelando minha insatisfação.
— Por que não termina com ela, se a acha tão insuportável? — Murilo questionou, claramente desaprovando a forma como eu expunha minha namorada.
— Tá doido? Acha que aguentei essa mina seis meses, sem sexo, para terminar agora? Logo ela vai ceder, ai termino com ela — falei, enquanto Marcelo sorriu, incrédulo.
— Então para de falar m*l da sua namorada — Murilo repreendeu, sempre o defensor das virgens.
— Relaxa, com minha namorada eu me entendo. Ela é louca por mim — respondi, achando graça, apesar do olhar sério de Murilo.
Mia surgiu de repente, se agarrando ao meu braço com um sorriso malicioso.
— Boa noite, rapazes — cumprimentou empolgada.
— Assim como a Mia, que também é doida por mim, não é? — Provoquei.
— Ainda bem que você sabe — ela respondeu, fazendo charme.
— Ela é doida por você e por toda a torcida do Flamengo — Marcelo zombou, enquanto Mia deslizava para se sentar entre ele e Murilo com um sorriso provocante.
— E você, Marcelo, adora, não é mesmo? — Mia perguntou, lançando um olhar malicioso na direção dele.
— Claro que sim — ele respondeu, com um sorriso cúmplice. Mia roubou um beijo dele. Marcelo, aproveitando, deslizava a mão pela sua coxa, provocando olhares maliciosos de Mia.
Após o flerte com Marcelo, ela virou-se com uma graça felina para Murilo, seus olhos brilhando com um desafio contido.
— Vai jogar amanhã, Túlio? — Murilo perguntou, tentando desviar a atenção de Mia.
— Sim. Estamos prontos para uma vitória — afirmei, tentando manter a conversa no assunto do jogo, já que Murilo não curtia muito a ousadia de Mia.
Mas ela não estava disposta a deixar Murilo escapar tão facilmente. Com um sorriso travesso, ela começou a flertar abertamente com ele, enquanto ele tentava, sem sucesso, desviar das suas investidas.
— Você não vai conversar comigo, Murilo? — Mia perguntou, sua voz manhosa misturada com um flerte descarado.
Murilo, visivelmente desconfortável, mas tentando ser educado, respondeu:
— Boa noite, Mia. Tudo bem?
— Agora que você falou comigo, sim — ela disse, exalando um ar de satisfação. — Por que você nunca me dá atenção?
— Eu sempre converso com você, Mia — Murilo replicou, tentando manter a conversa leve.
— Mas nunca o quanto eu quero — ela disse, passando a mão pelo rosto dele, de forma provocante.
Murilo, visivelmente frustrado, removeu a mão dela com delicadeza, mas firmeza:
— Não comece, Mia. Você sabe que não sou da torcida do Flamengo.
— Para você, eu posso fazer uma exceção. Você sabe que sempre te quis — ela insistiu, mantendo o tom flertador. — É o meu preferido, um príncipe muito gostoso — ele suspirou, sem paciência.
Eu e Marcelo trocamos olhares divertidos, observando Murilo se esquivar habilmente das investidas de Mia, que parecia decidida a conquistá-lo, não importando o quanto ele resistisse.
— O Murilo está de TPM hoje, Mia. Liga não — brinquei, rindo. — Volta a dar moral pra mim.
Mia se levantou e veio na minha direção com um sorriso sacana.
— Na minha casa ou na sua? — Ela perguntou, sem cerimônia.
— Na sua. Em cinco minutos — sussurrei.
— Tudo bem — ela disse, saindo em direção à sua casa.
Marcelo fez uma careta.
— Cara, você é doido. Se a July descobre acabou, você sabe, não é? — Questionou.
— Até ela resolver, preciso me manter ativo — respondi, divertido, mas Murilo não achou graça.
— A garota não merece isso. Melhor terminar com ela — ele aconselhou, sério.
— Cara, você é chato — dei um tapa de leve na cabeça dele. — Relaxa um pouco, pega a Mia, ela é louca em você.
— Em mim e na torcida do Flamengo. Tô de boa — Murilo respondeu, mantendo sua postura.
— Ela é deliciosa, Murilo. Você devia aproveitar — insisti.
— Isso não tem como negar — Marcelo aprovou, entusiasmado.
— Pega pra vocês — ele retrucou, despreocupado.
— Vou lá agora — disse, empolgado. — Se a July ligar, fala que estou no jogo.
— Vai acabar sem namorada, mas o problema é seu — Marcelo comentou, sorrindo, enquanto Murilo apenas balançava a cabeça, desaprovando.
— Mas demora que ela termina comigo — afirmei, despreocupado e caminhei até a casa de Mia.
Ao chegar, ela me puxou para dentro, beijando-me com urgência.
“Isso sim é mulher, sem frescuras, pronta para sentir prazer e me satisfazer”, pensei, entregando-me ao momento.