Estou parada, de pé, acima do proscênio, de onde enxergo, com os olhos arregalados, a plateia que preenche o lugar em que me encontro. Daqui posso ver tudo o que há a meu redor.
O antigo prédio do tribunal está lotado. Há diversos consortes presentes. Lordes e lades, senhoras e senhores, condes e condesas, barões e baronesas, duques e duquesas.
As damas, afoitas, abanam leques estampados freneticamente em uma tentativa inútil de amenizar o calor que faz o suor grudar fios de cabelos em suas nucas. Mas, apesar de refrescá-las, o leque possui naquele momento uma função expecífica, que vai além de ir para lá e para cá de maneira agil. Ele serve para conter a ansiedade das moçoilas. Os rapazes não dispõe do mesmo privilégio. Em virtude a isso, eles batem os pés, ansiosos, lançando olhares cu
