Quando ouviram a explosão, ondas de inquietação agitaram o mar. Mas durou apenas um momento. Vitória estava sentada no extremo da jangada, de frente para Godofredo, e olhava com atenção para o esforço que o rapaz fazia enquanto ele remava com o objetivo de alcançarem o cais. Ela segurou com força na lateral da pequena embarcação quando uma onda atingiu a proa. Temia cair. Afinal possuía um medo enraizado de grandes porcentagens de água. Godofredo perguntou se ela estava bem. Ela custou a responder. Mas, suspendendo o olhar, ela o encarou, assentindo com a cabeça. — Continue olhando para mim! — pediu ele. Ela obedeceu. Não demovou a visão um segundo sequer dos maviosos olhos dele. Só que, de repente, foi obrigada. Os olhos de Godofredo desviaram-se por um segundo ao fitar algo a suas

