Na noite posterior, Angrehand despertou com a mão de Dom pousando em sua testa. Mas não teve forças para permanecer com os olhos abertos. — Você está quente — observou o príncipe, sussurrando. O lorde não conseguiu falar nada. Sua garganta estava seca e aspera. Mesmo de olhos fechados, Angrehand escutou o som do retalho sendo mergulhado em um recipiente com água. Em seguida, sentiu o príncipe o sobrepor em sua cabeça. O toque frio do pano úmido o fez estremecer. — Shhh — sibilou Dom. — Vai ficar tudo bem — garantiu ele. — Eu estou aqui com você — murmurou. — Je muir, je muir d'amourette — cantarolou o príncipe, passando as mãos ao longo do cabelo louro do lorde. Ele foi cochilando aos poucos enquanto ouvia a canção. A ironia era saber que Angrehand foi até ali para cuidar do príncipe

