Logo após ter deixado às pressas o refeitório naquela trágica noite de jantar, Vitória retrocedeu a seu repartimento denotando total perplexidade. Ela consolidou a tranca na porta e fortaleceu a entrada, utilizando como prensa o baú de madeira onde armazenava seus pertences, tomada de grande assombro pelo atentado. Temia que o responsável por envenenar sua irmã viesse atrás dela. Por esse motivo, mesmo ao constatar sua segurança, puxando o ferrolho e certificando-se que a porta não saía do lugar, não conseguia acalentar-se, pensando no estado grave em que a princesa Maria encontrava-se. Sendo assim, deitou-se sobre o leito e passou o que restou da madrugada em claro, de olhos arregalados, divagando, enquanto roía a cotícula do dedão, sobre o acontecido. Foi quando lhe passou pela cabeça

