O quarto de Lucifer era envolto em uma penumbra densa, onde apenas os reflexos da lua filtravam pelas cortinas pesadas, desenhando sombras dançantes nas paredes. Dino permaneceu ali por horas, sentado no chão frio, encostado na cama de dossel n***o, esperando. Seus olhos pesavam, mas a teimosia o mantinha acordado — ou assim pensava. Até que, sem perceber, a exaustão venceu. Seu corpo curvou-se como uma folha ao vento, e ele deslizou lentamente até o chão, adormecendo aos pés da cama, onde o cheiro de enxofre e bergamota de Lucifer ainda pairva. Quando acordou, não soube dizer quanto tempo havia passado. A primeira sensação foi a de estar preso, como se tentáculos invisíveis o envolvessem, apertando-lhe o torso com uma força que misturava desejo e posse. Seu corpo reagiu antes da mente: e

