capítulo 49 Continuação

1293 Words

— “Ela era tudo, c*****o!” — eu berrei. — “TUDO!” Silêncio. O mundo parou. E quando voltou… foi só pra me ver cair de joelhos, feito criança que perdeu o último pedaço de chão. As mãos no rosto, os ombros tremendo, o gosto do sangue escorrendo da boca cortada. — “Eu não sei mais o que fazer, pai…” — a voz saiu engasgada. Fraca. Rasa. Como se eu tivesse afundando em mim mesmo. Aderbal ficou mudo. Por um segundo. Dois. Três. E então veio. Devagar. Pesado. Mas veio. Se ajoelhou na minha frente, sem pressa. Sem pose. Só ele… o homem que eu mais temi e mais tentei não parecer. A mão calejada encostou no meu ombro. Firme. Quente. E a voz… veio baixa. Rasgada. — “Tu ainda tem tua quebrada. Tem teus irmão. Tem teu sangue aqui fora.” Pausou. Apertou o ombro. — “Tu tem tua mãe, p*

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