capítulo 76

1299 Words

[NARRADO PELO BONDE – ANTES DA TEMPESTADE ENTRAR PELA PORTA] A boca tava no modo preguiça. Aquela vibe de fim de tarde, calor grudando na pele e cerveja esquentando no gargalo. Gargalo — o próprio — tava largado na poltrona rasgada, com a barriga meio de fora. Neguim enrolava um baseado enquanto Faísca futucava o celular sem atenção. Pulga, como sempre, andava de um lado pro outro, inquieto. — “E aí, nada ainda?” — perguntou Neguim, já com os olhos vermelhos. — “Nada, mano. Sumiu.” — respondeu Pulga. — “O rádio só disse que subiu. Mas não falaram com quem. Nem onde.” — “Cês acham que é ela mesmo?” — murmurou Gargalo, coçando a cabeça. — “Melissa? Depois de tudo?” — “Tu acha que o rádio ia inventar nome assim do nada?” — rebateu Faísca. — “É ela. Só pode ser.” Neguim deu uma última tr

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