CONTINUAÇÃO O silêncio ficou pesado por um segundo — até o “bum” da porta sendo escancarada entrou com os quatro como um mar de alegria barulhenta. Neguim foi o primeiro a entrar, emocionalmente trombando no sofá e se equilibrando com um “opa, desculpa, meu rei!”. Pulga seguiu em reboliço, quase derrubando o abajur. Faísca chegou pegando um dos carrinhos do menino, rindo como se fosse o prêmio da festa. Gargalo, sério, abriu espaço, trocando o olhar com o nosso passarinho de sete anos. — “Olha o que a gente trouxe!” — exclamou Neguim, segurando um boné do bonde adaptado pro tamanho infantil. Ele estendeu pro meu filho, que arregalou os olhos. Neguim estendeu o boné, e meu filho pegou com as duas mãos, como quem segura um troféu de campeonato. Os olhos dele brilharam como se tivesse ac

