Pesadelo narrando Acordei cedo, bem antes do sol raiar. Minha mulher ainda dormia tranquila, com a respiração suave, e só de olhar pra ela eu sentia meu peito pesar. Não era hora de ficar ali parado, tinha muita coisa pra resolver. Passei a mão no rosto dela, beijei a testa e saí sem fazer barulho. Chegando na boca, o movimento já tava começando. Vapores indo e vindo, gente pegando encomenda, outros na contenção. Tudo parecia normal, mas por trás disso tinha o caos que só eu sabia. As ameaças à Rayanne ainda me tiravam o sono, e hoje eu ia resolver isso de uma vez. Chamei o TH e o Cobra pra uma conversa mais reservada. — Quero todo mundo de olho na entrada do morro. Qualquer movimento estranho, qualquer cara que não seja conhecido, me avisa na hora — digo enquanto acendo um cigarro. —

