Chapter XVII

3313 Words
Episódio: Sky - Anti-depressivos? - Okay. - Ficha médica regular? - Okay. - Calmantes? - Okay. - Certo. Então só vá fazê-lo companhia e distraí-lo e antes de sair leve-o para se banhar. Você vai começar a ficar responsável por monitora-lo durante seus banhos. - Zayn avisou sem nem estabelecer contato visual. Ele se mantinha ocupado atualizando o prontuário grudado na famosa prancheta em suas mãos. Sem contar que a situação entre os dois estava bem estranha desde que Louis por pouco não pulou em seu pescoço e o enforcou na noite anterior. Louis por sua vez engoliu seco. Ótimo, agora ele iria supervisionar Harry tomando banho. - Já não tem monitores suficientes pra cuidar dos pacientes enquanto eles se lavam? - Tomlinson insistiu na esperança de se ausentar dessa tarefa. O por quê? Nem ele mesmo sabia, mas dizer que Payne e Malik não o deixaram encafifado com a ideia de Harry estar criando vínculos mais fortes seria uma mentira. Aquilo vinha afetando Louis desde a noite passada. E a madrugada. E esta manhã. Era claro em sua mente que independentemente da realidade ele não abandonaria ou trataria Harry diferente, entretanto tomaria mais cuidado para deixar as coisas bem claras entre eles... E convenhamos, fazer companhia para um Harry Styles nu não seria o melhor jeito. Contudo, Zayn estava irredutível e principalmente querendo provar seu ponto. Ele sabia que o orgulho de Louis o impediria de enxergar tudo, portanto precisava almejar maneiras de convencê-lo que precisava se afastar emocionalmente de Harry antes que notasse o quanto o menino está apegado a ele, se assustasse e rejeitasse o pobre cacheado, machucando-o de vez. Era fato que Harry jamais expunha seus sentimentos, entretanto tanto Zayn quanto Louis - que acompanhavam seu caso de perto - conseguiam sentir as energias do garoto. E ambos se preocupavam demais com ele. - Ué Louis, por que querer renegar tanto uma tarefa tão fácil? Que eu me lembre até ontem você ficava por turnos extras aqui no hospital com Harry sem nem reclamar. O que te faz mudar de ideia? Louis tossiu a seco com os olhos arregalados. - Er, eu... Eu.. Na verdade acho que vou começar a ajudar meu tio na reitoria da faculdade. Prédio principal, sabe? Quero ver se ele me apoia em um projeto pra ampliar a zona de recreação dos internos, como por exemplo trazer livros pra eles. - Louis disse sorrindo. Afinal, era em parte verdade. Ele tinha sim o intuito de conversar com o tio e tentar promover melhorias que entretivessem os pacientes... E construir uma biblioteca seria no fundo o sonho de Harry. Zayn não parecia muito convencido a respeito da escapatória de Louis, porém certamente era um bom plano e por uma boa causa e ele não tinha o direito de contesta-lo. Louis estava radiante enquanto caminhava pelo corredor com as mãos no bolso do jaleco, certo de que havia ganho a palavra final e vencera com seu argumento. Livre da responsabilidade da hora do banho. Mas isso durou pouco... A voz grave de Zayn logo escoou pelo corredor conforme os pés de Louis desaceleraram hesitantes seus passos.  - Louis? Virou-se bufando internamente. - Sim? - Tudo bem, você tem razão... Não é justo eu te obrigar a fazer horas extras pra acompanhar Harry no banho. - Ah, ainda bem que você me enten- - Por isso, meia hora antes de seu turno acabar você o leva até a casa de banho e fica com ele lá monitorando-o. Depois traga-o para o quarto e o deixe descansando. Aí sim estará livre do seu turno no horário correto. Merda. Louis queria se matar. Mas espere... - Mas, hein Zayn, ficou louco? A casa de banhos só abre durante a tarde, quando eu não estou mais aqui... - Não tem problema, eu abro uma exceção pra vocês dois e deixo a chave com você. Harry irá preferir tomar banho sem outros pacientes lá mesmo... Sabe como é, né? Ele preserva a privacidade. Zayn, um.  Louis, zero. Louis estreitou com força os olhos. Ele sacou o que Zayn queria. Ele entendeu que aquilo era só uma provocação pra Louis admitir em alto e bom som que estava considerando a possibilidade de Harry gostar dele e que isso o amedrontava. Então obviamente Louis não abriria mão de seu orgulho e jamais cederia aos cutucões de Zayn. f**a-se. - Sem problemas algum, Malik! - Sorriu forçado antes de da-lo as costas e continuar seu caminho pelo corredor à passos duros. - Problema algum. ... - Bom Dia! Ou deveria dizer boa tarde? - Louis falou enquanto adentrava no quarto. - Eu tive que resolver várias coisas do meu projeto e acertar algumas papeladas, então me atrasei bastan- A imagem que preencheu sua visão o fez desejar possuir uma câmera fotográfica profissional para capturar o que julgara ser uma das cenas mais lindas do universo. E ainda assim ela não seria capaz de registrar os mínimos detalhes daquilo, porque aquilo era o típico cenário que você le em livros e o faz imaginar a beleza esculpida por anjos, afinal, é praticamente surreal de tão maravilhoso. E talvez Louis estivesse amplificando e exagerando em elogios, mas talvez não. E ele sinceramente não gostaria de ter a resposta para isso, preferia crer que todos que vissem o que ele estava vendo iriam achar a mesma coisa, senão mais. Ou então, se algum dia seu orgulho falasse mais baixo, ele diria que também está transformando Harry numa inspiração poética pessoal. Entretanto sejamos francos, o orgulho de Louis nunca diminuiria a esse ponto. De qualquer modo a descrição mais próxima do que havia em sua frente era: O sol de depois do meio-dia banhava como ouro sobre a pele pálida e fria do garoto de cachos. Esse por sua vez estava sentado sobre a cama sob a veste azul bebê do hospital como em qualquer outro dia. Entretanto suas cascatas de chocolate caíam por seu rosto conforme o garoto olhava para baixo, para a palma de sua mão. Nela havia uma pequena borboleta azul. Harry não simplesmente a segurava. Mas ele a segurava como se estivesse segurando uma vida frágil e pequena de alguém extremamente importante. Seu olhar era atento para o inseto e um sorriso cativante com covinhas aprofundava-se em seu rosto.  A imagem era divina. Um mínimo raio de sol escoava por entre as mechas do cacheado e iluminava as palmas das mãos, ou seja, a borboleta.. Que parecia corresponder ao carinho cedido por Harry. E esta seria a primeira vez em vários anos que alguém presenciaria Harry tendo carinho com alguém, ou no caso, algo. - Harry? - Louis o chamou cuidadosamente se aproximando. Styles m*l desviou o olhar do pequeno ser com medo de que ele desaparecesse dali. - Oi. - Onde achou essa borboletinha? - Louis perguntou ainda maravilhado com tudo. - Acho que ela que me achou. - O sorriso de Harry se alargou mais. - Ela entrou pela janela durante a manhã e caiu no chão. Acho que sua asa está quebrada ou algo assim, por isso não pode voar direito. - Ow. - Louis balbuciou. OH não. Um medo intenso de que o bichano falecesse e acabasse por chatear Harry o corroeu. - Ahm, por que não a soltamos na natureza, sim? Harry de repente desviou o olhar na borboletinha para encarar friamente Louis. Aliás, Louis se considerou morto pois sentia Harry o esganando psicologicamente. - Não, Louis. Eu vou ficar com ela. - disse com um tom repreendedor. - Mas Harr- - Seu nome é Sky. - Harry o cortou, ignorando a atitude do moreno e retornando a observar com paixão a sua nova amiguinha. Louis suspirou e puxou a cadeira para se sentar. Ele sabia no que isso iria dar. - Harry olhe só, eu entendo que ela esteja machucada e tals, mas a borboleta pertence à natureza, sim? Ela precisa ficar no mato e ao ar livre pra sobreviver. Ela tem que voar e viver por si própria. - Mas ela está quebrada.. - Harry sibilou com uma voz chateada e manhosa. Ow. Que adorável. - Mas ela vai ficar bem. - Não entende que ela precisa de mim? - Na verdade, acho que você que precisa mais dela. - Isso é mentira.  - Vamos lá, Haz. Você sabe qual é o certo a se fazer...  - Não! - Harry prontamente negou. - Ela não está pronta e nem nunca estará pronta pra sair daqui sozinha. Ela pertence a este lugar, entendeu? Ela está quebrada e eu não sei como irá se consertar, talvez não se conserte. Mas ela está assustada demais pra tentar e prefere ficar aqui, que é mais confortável. - Harry teimou com seus ombros tremendo levemente. - Estamos falando dela ou de você, Harry?- Louis questionou calmo. Um silêncio se instaurou ao que os dois nem ao menos piscavam diante tanta tensão. Harry ainda tremia e mordia o lábio inferior com força.  Isso era péssimo, claro, presencia-lo se sentindo assim. Entretanto era bom, porque Harry estava expondo seus sentimentos. Embora fossem tristes, ainda eram sentimentos válidos que demoliam aos poucos aquela barreira de auto-proteção. O olhar de Styles repousou então em algum ponto do colchão e ali se fixou. Seu semblante descontraído de repente estava naquele jeito que Louis há um bom tempo não presenciava... Vazio. O corpo de Harry se endireitou e ele já não estava mais corcunda encarando a borboleta com tanta atenção. Louis queria se matar por ter feito aquilo. Mas ele sabia exatamente o que também deveria fazer para reverter a situação. - Não é porque ela está quebrada agora, Harry, que ela nunca irá se consertar. Eventualmente ela ficará bem. E talvez Sky ainda não esteja realmente pronta pra voar por aí.. Mas ela ficará. E nesse instante você terá que ser forte e permiti-la partir, entendeu? Você pode me prometer isso? Pode prometer que quando ela estiver boa, irá deixa-la ir embora sem medo? Harry o encarou. Intensamente. A conexão do verde com o azul era quase cortante, flamejante, inebriante.  Eles podiam dizer muito ou nada simultaneamente. Harry, que estava com as pupilas vazias, ao pouco permitiu-as ganhar vida. Louis notou-as se dilatando, se aprofundando.. E em certa hora se iluminaram, como faróis. Quando estava numa posição mais relaxada, Harry deu um breve ( e relutante ) aceno com a cabeça.  - Eu prometo. - Então eu também prometo que poderemos cuidar dela até lá. Sim? E um pequeno sorriso envernizou toda a expressão do cacheado. ... No final do dia Louis conseguira contornar a situação a seu favor. Digamos que ele aproveitou o quesito "borboleta" e convenceu Harry que o inseto precisava de sol e ar livre, então ambos ficaram algumas horas no "pátio"/campo aberto do hospital. Harry andava distraidamente pela grama com Louis a seu encalço. A pequena Sky jamais deixando a mão do maior, que fechava-se em punho por receio que a borboletinha caísse. - O que borboleta come? - Harry questionou Tomlinson em certo momento. - Ela quer comer minha mão.. Louis percebeu que algumas vezes Harry se perdia em seus pensamentos. Era um sintoma de esquizofrenia crônica. Esquizofrenia crônica tem a possibilidade de ser revertida. Pode durar anos ou a vida inteira. Louis achava que Harry possuía um nível bem baixo de esquizofrenia, completamente reversível. Na verdade, vinha sendo raro Harry ter episódios fortes. Às vezes ele ficava avoado. Mas dificilmente ele tinha aquelas crises que o deixava apavorado. De acordo com uma planilha médica Louis constatou que desde sua chegada o número de "episódios" de seu paciente caiu drasticamente... O que era incrível. Entretanto ainda era uma loucura pra ele achar que Styles estaria se "apaixonando", porque bem, ele sabia que Harry era tão complicado para lidar com sentimentos quanto ele. Louis era orgulhoso e assustado com a questão de "amor". Mas Harry possuía todas essas armaduras ao seu redor que o proibiam de permitir que pessoas se aproximassem, adentrassem em seu emocional. - Lou? - Harry miou. Louis meneou a cabeça e retornou do transe. Por pouco o apelido que Harry o chamara não passara despercebido.. Por pouco. Mas sinceramente isso o fez arregalar os olhos e sorrir grande de imediato. Assim que notou o que acabara de falar Harry também arregalou os olhos, abaixou o rosto e corou-se em tom de rubi. Deus. - Sim, Haz? - Acho que Sky já respirou bastante. Podemos voltar pro quarto? - Claro, claro. Só antes vamos colher algumas flores pra ela sugar o néctar.  - Néctar? É disso que ela sobrevive? - Sim, elas se alimentam do pólen.  Então Louis colheu algumas flores adversas que haviam no canteiro do jardim e acompanhou Styles até seu quarto. - Então, bem, Zayn pediu pra eu te levar para se banhar. Vamos? - Mas e Sky? - Deixe-a sobre as flores em cima da mesinha. Se ela for pro chuveiro com você vai morrer afogada.  - Tudo bem. ... - Essa casa de banho é nojenta. - Louis reclamou torcendo o nariz. Ambos chegaram no local vazio. Os ladrilhos estavam imundos e o chão alagado devido aos poucos ralos para escoar a água que transbordava. Várias cabines de chuveiros preenchiam o espaço. Harry normalmente pouco ligava ao ser monitorado. Ele simplesmente chegava, assim como todos os pacientes, e se despia completamente, escolhendo o chuveiro da ponta e aproveitando a água morna (ou fria, como costumava ser). Os funcionários eram obrigados a observarem os internos de perto enquanto eles se lavavam, só a fim de garantir que nada aconteceria. A maioria era respeitosa, mas sempre existiam aqueles que não se preocupavam em disfarçar seus olhares famintos no corpo de Harry. Todos subestimavam sua inteligência, já que o rapaz tinha esquizofrenia e não abria a boca com ninguém, portanto aproveitavam-se e secavam o corpo esguio do garoto. Ele de verdade pouco se fodia. No começo era constrangedor ser assistido pelado, mas agora indiferente. Bem, indiferente até ser Louis Tomlinson quem o acompanharia... Agora era eufemismo falar que Harry estava com vergonha. Ele estava basicamente congelado, nervoso e constrangido como nunca antes. Louis não estava muito diferente. Ele também não tinha noção de como abordar a situação... Maldito fosse Zayn que os expôs nisso. - Bem.. Então, é.. - Louis comentou sem graça. - Pode.. Se virar de costas? - Harry indagou. Ele sabia que era contra as regras os monitores não assistirem cada passo dos pacientes, mas sinceramente esperava que Louis compreendesse o quanto aquilo era desconfortável. - Oh. Sim. Posso. - Louis respondeu sorrindo tímido e se virou para a parede. O barulho do chuveiro sendo ligado se fez presente no cômodo e Louis deduziu que Styles já se banhava. Não queria embaraça-lo de modo algum e muito menos faltar com o respeito, assim jurou a si mesmo que não o olharia uma vez sequer. Não era como se Harry fosse um suicida que aproveitaria a distração de Louis e arranjasse um jeito de se matar nesses meros minutos. Harry se ensaboou, enxugou... E tudo em um completo sossego ao notar que Louis ainda estava virado para a parede. Aquilo de fato agradou Harry, porque ele soube que Louis não era igual os outros imbecís que faziam de tudo para fixar seus olhares nojentos em seu corpo.  Louis o compreendia e o fazia se sentir mais humano. Com um pouco mais de dignidade. Harry sorriu durante o banho inteiro e só na hora de acaba-lo notou que havia esquecido de pegar uma toalha no porta-toalhas, do outro lado do banheiro. Bosta. - Er, Louis? - Harry chamou-o incerto. - Sim? - o moreno correspondeu-o ainda de costas. - Pode pegar uma toalha pra mim? E isso foi o suficiente para os dois engolirem a seco no mesmo tempo. - S-Sim.  Louis andou meio cambaleante até a cômoda de madeira em que algumas toalhas brancas novas e limpas estavam dobradas, para que os pacientes usassem a vontade. Ao pegar cuidadosamente uma, Tomlinson fez seu caminho de volta para Harry prometendo que não olharia-o nu. Não mesmo. E sim, a tarefa foi bem impossível, porque Harry saiu pelado da cabine com seu cabelo pingando e grudando pelo seu rosto, como um filhotinho de gato todo molhadinho. Se essa não fosse uma das coisas mais fofas que Louis já viu, então nada seria. - Aqui. - Louis o entregou, fazendo questão de permanecer com seus olhos vidrados nos verdes de Harry, para claramente não olhar para baixo. Harry pingaterreou um pouco envergonhado e sorriu ligeiramente. Sorrir já se tornara algo usual para Styles sempre que ele estivesse com Louis. Entretanto Louis faria questão de vislumbrar e colecionar cada um de seus mínimos sorrisos. - Obrigado.  ... Louis estava caminhando tranquilo de volta para o quarto. Seu turno havia acabado e depois que Harry terminara de tomar seu banho e voltara para o dormitório, Louis foi devolver a chave da casa de banho para Zayn. Decidiu que antes de ir embora iria ver Harry e se despedir do menino, desejando-o boa noite. Aproximou-se silenciosamente da porta escutando alguns sussurros vindos de dentro. Ele sabia que era falta de educação ficar na escuta de conversas aleatórias, principalmente se forem privadas, mas não conseguiu evitar de ficar observando discretamente através das grades da porta de ferro Harry conversando com sua borboletinha. - Você gostou mesmo do seu nome? - perguntou divertido para a borboleta. - Bem, saiba que eu o dei por duas razões. - Harry disse sorrindo. Pare de ser intrometido. - Louis pensou consigo.  - A primeira é porque Sky (Céu em português) significa imensidão e liberdade. E eu realmente espero que você fique bem e voe por ai livre quando puder. Eu sei que vou ficar aqui provavelmente pra sempre, então se você estiver com saudades pode voltar pra me visitar. Deixarei a janela sempre aberta caso queira.  Louis sorriu genuinamente. - A segunda é que, bem, você é toda azul.. E essa é minha cor preferida. E "Sky" está mais para referencia da cor mais bonita que eu já vi... A dos olhos de Louis. - Harry sussurrou a última parte, fazendo Louis imediatamente engasgar.  Styles arregalou os olhos e procurou de onde o som de engasgo veio, entretanto Louis foi mais rápido ao se abaixar e se esconder. - Mas eu sei que isso é i****a. - Harry continuou divagando com Sky. - E que eu sou i****a. Eu não vou fazer isso de novo, não dessa vez. Prefiro me afastar ou continuar como sempre venho sendo do que permitir que qualquer um entre e se aproxime. Porque esse sou eu, Sky. E, sinceramente, já estou cansado de me machucar, porque depois levo meses pra me recuperar ou continuar fingindo que está tudo bem, ou que tudo vai ficar bem. É por isso que eu gosto de ter você. Mesmo que você me abandone, eu sei que não vai se esquecer de mim.  Nesse instante, Louis não se preocupou mais em pensar sobre a primeira confissão de Harry, porque lágrimas estavam escorrendo dos cantos de seus olhinhos e ele achava que isso era demais para seu emocional suportar. Escutar Harry dizendo tudo aquilo para uma borboletinha com sua voz tão quebrada e sem armadura nenhuma o protegendo... Isso era novo. E não necessariamente bom. Porque era como ouvir um choro de uma criancinha indefesa que se perdeu de seus pais, e infelizmente não poder fazer nada para ajuda-la senão permanecer ali do lado dela até que se encontre novamente. Louis Tomlinson decidiu que pouco se importava se ele estava com um medo fodido do que esses sentimentos que eles tinham um pelo outro se tornariam... Ele queria cuidar de Harry. De todas as formas. Transmitir conforto, e mostrar que ele não precisava usar mais armaduras ou esconder seus sentimentos... Louis queria provar que ele poderia ser a nova armadura de Harry, e protegê-lo de tudo e todos.
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