O treinamento de Megan

1502 Words
Dylan no colégio passou a sentar perto das duas meninas, ele e Hannah falavam a todo tempo, as pessoas não achavam estranho, pois sabiam que Dylan era o novo segurança da família Hill, ele não gostava muito de ficar ao lado delas, preferia as conversas com os rapazes da sua idade, mas era leal e responsável, não deixaria Megan sozinha. Era uma quarta-feira, depois das aulas Megan tinha treino de ginástica artística, a menina era excelente em todos os aparelhos, principalmente no solo e nas barras assimétricas, quando tinha treino Hannah a acompanhava, ficava sentada lendo enquanto Megan treinava, Dylan fazia o mesmo, sentava com Hannah, afinal teria que levar as duas para casa de qualquer jeito. Megan fazia movimentos na barra mais alta quando ouviu um som que ela conhecia bem, ela caiu no chão, Dylan e Hannah correram até ela. — Meg, precisamos sair daqui! Dylan nunca esteve presente nesses momentos era a primeira vez que via os olhos de Megan brilharem de medo, seus olhos estavam marejados, ela tentou se levantar, mas caiu novamente... — Meg se machucou? — Perguntou Hannah, Megan apenas balançou a cabeça que sim. — Vou levar você nas costas, preciso das mãos livres, Hannah fique perto de mim, não falem, não façam barulho... Na sala ainda tinham outras crianças que rapidamente foram acolhidas por algum pai ou segurança. — Dylan, teremos mais chances se formos juntos. — Quem disse foi Jhonatan, ele estava com a irmã Allison, era colega de classe de Dylan. — Vamos, me cubra atrás, estarei com a Meg nas costas. Eles saíram e a escola parecia deserta, alguns seguranças estavam caídos no corredor, tinham outros dois encostados em na parede, se preparavam para um possível combate. — Moleque você é o segurança do Hill, certo? Sabe atirar? — Sim, e Jhonatan também! — Jhonatan foi treinado pelo pai, quando este morreu teve algumas aulas com Lucius. O segurança entregou armas para os garotos e indicou um corredor que ele já havia passado e matado dois invasores. — Siga por aqui, saia pela porta dos fundos da cozinha da cantina, já verifiquei lá, estão atrás da filha de um chefe. Dylan e Jhonatan seguiram com as meninas, não encontraram ninguém a frente, assim que abriu a porta da cozinha um homem encapuzado se virou para eles, Dylan atirou sem hesitar. — Vamos Jhonatan, preciso chegar ao estacionamento! Assim que estavam na parte de fora da escola, se via homens andando pelo estacionamento, chegar ao carro seria impossível. — Dylan vamos pela saída de pedestre ali na lateral, depois pegamos algum veículo. Eles correram e um dos homens os viu. — Corre Dylan, leve a Allison com você! Jhonatan ficou atrás de um carro fazendo a cobertura enquanto Dylan saía pelo pequeno portão com Meg nas costas, Hannah e Allison ao lado. Assim que chegou a rua o telefone de Hannah tocou. — Pai! Estamos do lado de fora, saímos pela lateral esquerda do colégio. Rapidamente um carro parou, nele estavam Carlos, Ítalo e Simon. — Vamos, entrem! — Disse Ítalo ao volante. — Não! Meu irmão, meu irmão não veio ainda! — Allison estava desesperada. Dylan colocou Megan no colo de Carlos e Hannah rapidamente entrou no carro. — Allison, vá com eles, vou voltar e ajudar seu irmão! — Não vai sozinho! — Ítalo saiu do carro e Simon assumiu o lugar de motorista, Allison entrou no carro chorando. — Vamos Dylan! Eles chegaram na casa da família Hill, e Carlos deixou Megan no sofá. — Vou buscar seu irmão... Precisa falar o que aconteceu. Carlos saiu de casa logo em seguida, Marcela abraçou a menina e tentou falar com ela. — Minha filha, está machucada? — Megan balançou a cabeça que sim e colocou a mão no tornozelo. — Como foi isso? — Marcela perguntou e Megan olhou para Hannah, a amiga era a sua voz nesse momento. — Senhora Marcela, a Meg estava nas barras assimétricas, ela caiu da barra alta quando ouvimos o primeiro tiro. Marcela pegou gelo e água, todos estavam aflitos. Alguns minutos depois Ítalo, Dylan e Carlos passaram pela porta. Ítalo tinha um ferimento no braço, o tiro pegou de raspão, mas precisaria de pontos. — Meu amor! seu braço... — Violet disse preocupada. — Suba, sua mãe já chamou um médico. — Dylan, cadê meu irmão? — Perguntou Allison. — Allison, o Jhonatan foi muito corajoso, se ele não tivesse ficado, não teríamos escapado, infelizmente quando voltei já era tarde demais. A menina chorou desesperada, Carlos ligou para a mãe da menina, o irmão era o homem da família, agora ficariam sob os cuidados de um tio. — Marcela e a Meg? — Carlos perguntou. — Já sabe, ela não está falando, Hannah responde tudo quando pergunto algo a Meg. Carlos se aproximou da filha e ficou segurando o gelo no tornozelo. — Meg, sabe alguma coisa desse ataque? — Senhor Carlos, um dos seguranças falou que estavam atrás da filha de um chefe. — Disse Hannah. — Mas que filha de chefe estuda lá? — Simon perguntou. — Não sei, conheço quase todas as meninas, mas não sei de nenhuma que seja filha de chefe. A não ser que... — Hannah parou e olhou para Megan, muitos colegas pensavam que ela era filha de Lucius, agora que ele era chefe do Reino Unido ela poderia estar em perigo. — Diga Hannah, suspeita de algo? — Não pai, acho que eles devem ter se enganado ou é alguém que eu não conheço. — Não estavam atrás da Megan? — Disse Allison ainda soluçando. — Não menina, apesar de não se parecer comigo Megan é minha filha. — Carlos disse calmamente. — Não é o que a maioria dos alunos pensam... Minha mãe mesmo tinha certeza que a pessoa que a levava as aulas de ballet era o pai, eles são tão parecidos... — Senhor Carlos, não é melhor a Megan deitar um pouco? O Dylan pode levá-la... Carlos concordou, ele mesmo pegou a filha nos braços e subiu com ela. Na sala ficaram Marcela e Allison, Dylan levaria mãe e filha de volta para casa. Logo depois Hannah e Simon também se despediram. — Marcela como está a Meg? — Violet perguntou. — Assustada, sabe que ela para de falar quando está assim, Carlos está com ela, ele a deixa mais calma. — Vou falar com o meu pai, ele já pretendia ir na casa do chefe George, será bom para Megan, ela gosta bastante do Lucius. Carlos ligou para Irving e acertou tudo com ele, além de entrar em contato pessoalmente com a direção do colégio, eles tiveram que engolir os gritos do Escocês por colocar os filhos de seus sócios em risco, em especial Megan, que era cunhada de sua filha. Naquela semana não teria mais aulas, na sexta-feira Irving estava cedo no escritório de Carlos, eles chamaram Megan. — Minha filha, Irving está de saída, ele vai te deixar na casa da Hannah, tudo bem? — Perguntou Carlos. Ela balançou a cabeça e subiu, trocou de roupa e se encontrou com Irving na sala. Ela deu um beijo na mãe e no pai e saiu ao lado de Irving. — Menina, quer que eu ligue o som? — Irving olhava Megan pelo retrovisor e ela prestava atenção na estrada. Em certo momento ela abaixou o vidro do carro por completo, Irving olhou desconfiado, mas não disse nada. Depois ela soltou o cinto de segurança, assim que o carro parou no farol ela saltou a janela e começou a correr. Irving desceu do carro e correu atrás dela. Megan começou a sentir o tornozelo o que deu tempo a Irving para se aproximar. Ele segurou seu braço, Megan virou e tentou acerta-lo com a outra perna, mas Irving segurou a perna dela. — Qual o seu problema menina, por que está fugindo? — Não vai me levar! — Megan ainda lutava e chorava ao mesmo tempo. — Megan, você me conhece, por que fugiu? — Não é o caminho para casa da Hannah! Nesse momento Irving percebeu que não poderia esconder nada dela, a menina fugiria se assim fizesse. — Não vamos para casa do Simon, vamos ver Lucius! Megan parou, e ficou olhando para Irving, era uma pergunta silenciosa. — Estou falando a verdade, chegaremos em poucos minutos, Lucius não sabe que estou te levando, mas seu pai sim! Sou o pai da Violet, avô do Oliver, você é como se fosse da minha família, acha que eu lhe faria algum m@l? Megan negou com a cabeça e voltou para o carro com Irving, ele estava espantado com a habilidade da menina, se ela fosse mais forte e não estivesse com o tornozelo dolorido teria escapado facilmente. — Megan, se os seguranças que Lucius ou Dylan treinam pra mim forem quem nem você, não terei mais problemas o resto da vida. — Irving disse e olhou pelo retrovisor, a menina deu um pequeno sorriso, sabia que aquilo era um elogio.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD