MAXIMILIANO O vapor dominava o banheiro como cortina de fumaça. O espelho embaçado borrava minha cara, mas eu não precisava de reflexo pra saber o que tinha ali: olhos vermelhos de t***o contido, mandíbula travada, p*u duro latejando contra o tecido da calça social. Apoiei as duas mãos na pia de mármore e deixei escapar um rosnado baixo. — c*****o… Ela tinha entrado no banheiro antes, e o cheiro dela ainda estava impregnado no ar. Baunilha misturada com sabonete caro. Doce, insolente, provocação pura. Só de lembrar o cabelo úmido dela grudando no pescoço, meu corpo reagiu. Fechei os olhos um segundo e vi a cena de novo: Jamile, blusa branca colada, olhar de faca, boca pronta pra cuspir veneno. Mas na minha cabeça não era veneno que ela soltava, era gemido. O sangue bateu nas têmporas

