(continuação) (a pista, o intruso e o chefe no modo lâmina) Bruno já estava no embalo da segunda rodada de drinks. O DJ puxou uma batida mais forte, a luz âmbar rodava pelo teto como se quisesse virar pista de verdade, e ele se levantou com o ego inflado. Bateu palmas, estendeu a mão pra mim como se fosse dono do salão. — Vamos dançar, Jamile. — voz alta demais, riso de quem não sabe a hora de parar. Mantive o copo firme, sorriso educado. — Obrigada, mas não. Prefiro ficar aqui por enquanto. Ele insistiu, um passo à frente. — Ah, não custa nada. Só uma música. Você precisa se soltar, Brasília não morde. Meu olhar foi até Renata. Ela me lançou aquele sorrisinho cúmplice de “vai, corta logo a insistência”. Suspirei. Pra não transformar recusa em constrangimento, aceitei. Levantei de

