capítulo 30

954 Words

JAMILE (sala pequena, mesa firme, desejo e guerra no mesmo espaço) Ele ouviu minhas condições sem interromper, sem quebrar. No final, assentiu com aquele meio sorriso perigoso, como quem prova veneno e gosta. — Aceito. — a voz grave, arrastada, quase um gemido contido. — Convite formal, horários, hotel separado. Cruzei os braços, o corpo ereto, a respiração firme. — Ótimo. Então acabou. Mas nada com Maximiliano acaba quando deveria. Ele se inclinou na mesa, me olhando como quem já pensa na próxima jogada. O silêncio dele queimava mais que fala. — Me diz, Jamile… — baixou o tom, voz grossa, lenta, cada sílaba um toque na pele — …seu medo no hotel é que eu bata na sua porta? A ousadia dele foi crua, suja, sem maquiagem. Eu deveria recuar. Não recuei. Levantei o queixo. — Medo? — r

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD