capítulo 22

1267 Words

MAXIMILIANO (sala fechada, aço na voz, faísca no ar) 9h50. A reunião acabou. O “em princípio” saiu da boca da Marta, o Lourenço concordou, a Paula anotou. Tudo no script. Mas eu não estava satisfeito. Não com ela. Não com o jeito que sustentou cada resposta sem piscar. Levantei primeiro. O corredor de vidro parecia mais longo do que o normal. — Jamile, comigo. — soltei sem olhar pra trás. Ela veio. Meio passo atrás, passos firmes, pasta presa na mão. O andar inteiro fingiu que não olhava, mas cada baia registrava o trajeto. Eu deixei. Quem manda não precisa esconder. Porta fechada Entrei. Ela entrou. Fechei a porta com força. O barulho ecoou na sala. — Senta. — mandei, sem gentileza. Ela sentou, reta, sem pedir licença, sem ajeitar a saia como outras fariam. Eu fiquei de pé, andan

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