Gael ainda estava ali, parado diante dela, como se o tempo tivesse congelado ao redor. Os olhos dele a perfuravam como lâminas afiadas — escuros, intensos, carregando um desejo tão bruto quanto o conflito que lhe ardia por dentro. Ava podia ver. Podia ver tudo: a vontade, o impulso de ficar... e o peso da coroa invisível que ele carregava como Alfa. Era como se cada músculo dele gritasse por ela, mas estivesse acorrentado por laços antigos demais para romper. Ela deveria compreendê-lo. Deveria dizer que entendia a dor dele, que reconhecia o sacrifício que era ser Alfa. Mas não disse. Algo dentro dela, quente, sombrio, indomável — algo que carregava o nome de Fúria — sussurrou para não se calar. Então ela falou. "Escolha", disse com firmeza, mesmo que por dentro desmoronasse. "Ou fica...

