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O silêncio que tomava conta da clareira sagrada era denso, solene. O ritual havia chegado ao seu ápice. Todos os olhos estavam voltados para o centro do círculo mágico, onde o lobo cinzento de Vítor rondava lentamente, rosnando com a garganta baixa, como se convocasse algo ancestral. De repente, seus olhos dourados se fixaram em Gael, e o rosnado se intensificou. Era o desafio. Gael sentiu o chamado reverberar por sua espinha como um raio. O rugido silencioso de séculos de tradição, de dever e destino, o envolveu. Sem hesitar, ele avançou um passo e fixou os olhos em Vítor. Seu coração batia forte, mas não por medo. Havia gratidão. Ele sabia o que aquele gesto significava. Seu tio, o homem que guardara o trono em silêncio, o estava reconhecendo. Estava ali não como usurpador, mas como gua

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