A porta da casa do bando se abriu lentamente, rangendo sob o peso do silêncio denso que pairava no ar. Fergus entrou. O impacto foi imediato. Uma comoção geral percorreu a sala conforme todos os olhares se voltavam para ele. O lobo azul, agora em forma humana, surgia com os ferimentos ainda abertos e visíveis. Arranhões profundos marcavam sua pele, cortes sangravam discretamente, revelando a brutalidade do confronto que havia acabado de acontecer ali fora. Mas ninguém ali podia compreender a razão de tais feridas não estarem cicatrizando como deveriam. Ninguém sabia — ninguém via — que Fergus não era um lobo como os outros, mas sim um feiticeiro. Ele caminhou lentamente, com a coluna ereta, sustentando um ar de dignidade apesar da dor evidente. A cada passo, era como se uma onda de es

