Longe da escola, a floresta parecia sussurrar em uma língua antiga enquanto Melinda caminhava com passos decididos, cada passada acompanhada de uma praga rosnada entre os dentes. As folhas estalavam sob seus pés e a trilha que seguiam era tortuosa, ladeada por árvores densas e raízes traiçoeiras. A feiticeira não se dava ao trabalho de esconder sua frustração. As mãos em constante movimento evocavam encantamentos de levitação que arrastavam baús, malas, caixas de livros e até uma cômoda de madeira escura que rangia pelo esforço. “Merda de lobos malditos, território maldito, mato maldito...”, resmungava ela, o tom de voz um misto de indignação e cansaço. “Quem em sã consciência coloca uma casa no meio do cu do mundo? Eu devia ter deixado o Biel dormir no chão.” Aron seguia logo atrás, dif

