Gael permanecia parado à sombra dos armários no corredor, o peito subindo e descendo em um ritmo feroz. Seu punho ainda latejava de tanto que o cerrava. A lembrança da imagem de Biel com os lábios colados aos de Ava queimava em sua mente como um ferro em brasa. Ele sentia cada fibra do seu ser clamando por sangue, por justiça, por vingança. Mas justiça por quê? Ava havia dito com todas as letras: ela quis o beijo. “Ela quis.” Essas duas palavras se repetiam como um cântico c***l. Ava o havia escolhido tantas vezes, e mesmo assim... no fim, escolhera Biel. Gael não sabia mais se era orgulho ferido ou se era algo mais profundo, um instinto ancestral que o fazia desejar protegê-la, mantê-la perto, controlar tudo que a tocasse. Mas se ela própria não queria mais ser protegida... o que restav

