O sol despontava no horizonte, tingindo de dourado as frestas da janela do novo quarto de Ava. Ela acordou, mas não com o sobressalto habitual que a arrancava do sono nas madrugadas, quando era obrigada a preparar o café antes que os superiores despertassem. Dessa vez, foi o toque leve de um omega à porta que a avisou: novas tarefas lhe seriam atribuídas. Ela sequer sabia o que isso significava ainda, mas era uma mudança, e mudanças sempre vinham carregadas de tensão. Ava se sentou na beira da cama, os lençóis macios contrastando com as memórias ásperas de noites maldormidas em farrapos de pano. Seus olhos vagaram pelo quarto até encontrarem o espelho de moldura dourada encostado na parede. Tiana, com sua generosidade que parecia não ter fim, havia separado algumas roupas para ela. Na ver

