A noite ainda estava viva com o eco dos uivos do bando, mas no território encantado dos feiticeiros, tudo era silêncio e contemplação. Biel jantava com sua família. A comida simples, mas aromática, preenchia o ar com um cheiro terroso e acolhedor. Lua, sua irmã, estava rindo de algo que o pai contara, e até mesmo sua mãe, sempre tão séria, parecia leve naquela noite. Mas então a luz vermelha se acendeu — fraca, quase como uma brasa, mas suficiente para colorir as janelas com um brilho intenso. Biel parou no mesmo instante. Seus olhos se ergueram para o teto, onde um símbolo antigo — entrelaçado com sangue de lobo e folhas de murta — pulsava em vermelho como um coração batendo. Um sorriso lento surgiu em seu rosto. “Acho que temos visita” , comentou Lua, com os olhos brilhando de curio

