A névoa da madrugada ainda envolvia o território quando Gael seguiu Heron em passos firmes e rápidos até a enfermaria. O lobo que vivia em sua pele já rosnava em inquietação, e seu instinto clamava por sangue. Algo estava errado, muito errado. Heron, o sempre calmo beta, parecia tenso — e isso por si só já dizia muito. Quando as portas da enfermaria se abriram, o cheiro o atingiu de imediato: sangue seco, urina, e um leve traço de enxofre. Gael parou por um segundo. Era o cheiro da morte. Mas o que o fez dar um passo à frente, com o coração disparado no peito, foi o fato de que o corpo do seu pai ainda estava ali, deitado, imobilizado… mas diferente. “O que houve?” perguntou, a voz rouca saindo com um tom grave que fazia o ar vibrar. O soldado postado ao lado da cama se curvou com respe

