Longe dali, Fergos massageava a testa com os dedos, os cotovelos apoiados na longa mesa de madeira escura que ocupava o centro da sala de reuniões do bando Furiosos da Noite. O cômodo estava tomado por vozes exaltadas, a tensão pairava espessa no ar, como uma neblina que sufocava e impedia qualquer clareza de pensamento. Fazia horas que estavam ali, discutindo sempre o mesmo ponto, dando voltas em círculos sem chegar a lugar algum. O assunto que arrastava aquele debate infindável era sua decisão inabalável: no dia seguinte, ele partiria sozinho até o bando Estrela da Noite. E, justamente por querer ir sozinho, o conselho se opunha ferrenhamente. “Isso é uma imprudência!” esbravejou Malis, seu Beta, levantando-se da cadeira com o rosto crispado pela preocupação. “Não sabemos qual será a r

