Ava fechou a porta do quarto e apoiou-se contra ela, sentindo o coração ainda batendo em ritmo descompassado. O cheiro de sangue, o rosnado dos lobos, a energia carregada no ar... tudo parecia um sonho estranho, distorcido por medo e confusão. Ela não sabia se queria gritar, correr ou simplesmente desaparecer. E no fim, escolheu o único refúgio possível: a cama. Caminhou até o colchão e caiu sobre ele sem tirar a roupa, os músculos tensos finalmente cedendo. A cabeça girava. A pele parecia latejar com ecos da energia que percorrera o território momentos antes. Havia algo no ar, algo antigo, que a fazia se sentir observada... invadida por dentro. Ela fechou os olhos. O quarto estava selado por Filipe, e a proteção mágica deveria bastar. Mas não havia feitiço forte o bastante para impedir

