Capítulo 4

1301 Words
Finalmente sexta. A semana passou bem rápido e eu dei graças a Deus, já não estava mais aguentando professor socando matéria na gente e estava de saco cheio de fazer cálculos. Não sou de exatas e nem de humanas, sou de nadas. Estava deitada vendo televisão e conversando com a galera no w******p marcando a boa para hoje. Mensagem on: Gusta Pub hoje 22h? Natália Boaa Lya Vaca Óbvio, já tô lá Eu Com toda certeza Pedro Presença vip, só bora. off. A boa para hoje já estava marcada e meu lado baladeira gritava de emoção. Qualquer chance de rebolar a tabaca, eu não desperdiçava. Eram duas da tarde e eu estava dando um revisada na matéria de biologia e português. Lá para quase três horas eu terminei e fui na cozinha comer algo, Gabriel estava no sofá jogando vídeo game como de costume. — Vagabundeando? — perguntei com um biscoito na boca. — Folga, querida — piscou. Gabriel fazia faculdade de administração e alguns dias da semana trabalhava na empresa do papai na Barra da tijuca. Eu dava graças a deus por ter vindo ao mundo como gênero feminino, pois essa empresa só tem gente tóxica e papai é extremamente chato quando se trata de trabalho. Única coisa que eu gostava da empresa eram as festas e eu claramente só ia pela comida. Não me sentia m*l fazendo isso porque tudo lá era um saco, o assunto, as pessoas, os discursos, tudo. Pelo menos a comida era boa. — Uma amigo meu chegou de viagem e tá me chamando pra ir para praia. Quer ir? — Gabriel perguntou e só faltou eu pular de alegria. Eu estava querendo ir a praia tem muito tempo e Gabriel sabia disso. Deve ser só por isso que ele teria me chamado, qualquer oportunidade de me manter longe dos amigos dele, ele não desperdiçava. — Quero — disse sorrindo. — Vai se arrumar logo que ele vai passar aqui daqui a pouco — assenti e levantei indo em direção ao meu quarto — De preferência coloca um maiô — gritou da sala e rolei os olhos. Não fazia a mínima ideia de que amigo era mas não estava nem aí, só queria ir para a praia. Tomei um banho e coloquei meu biquíni cortininha preto, já que estava sol ia aproveitar pra pegar uma marquinha. Coloquei um short jeans claro e uma regata cavada cinza. Prendi meu cabelo num r**o de cavalo de lado e coloquei meu óculos de sol na cabeça. Na bolsa eu coloquei só o necessário, minha canga, protetor solar, bronzeador e meus documentos e dinheiro. Mandei mensagem pra Lya falando que estava indo para praia com Gabriel e um amigo dele e gargalhei alto com a resposta dela. Mensagem on: Lya Vaca Os amigos do seu irmão são gostosos igual ele amiga qualquer oportunidade de pegar, não desperdiça. Sentaaaa Eu É igreja que te falta, sua atribulada off. Fui na cozinha beber água e nisso a campanhia tocou, coloquei o copo na pia e fui atender, fiz minha melhor cara de simpática e meu sorriso se desfez na hora que eu abri a porta. — Diego? — o desgosto era perceptível no tom da minha voz. — Ao vivo e a cores, pirralha — passou por mim com um sorriso sarcástico — Cadê seu irmão? — Aqui ele não tá — apontei pra sala — Não, pera aí — coloquei a mão no bolso do short — Poxa, no meu bolso também não. Sai o deixando sozinho na sala. Eu jurava que esse menino estava morando em São Paulo, bem longe daqui. Diego é uns dos melhores amigos do meu irmão, eles estudaram no mesmo colégio mas foi morar em outro estado por causa dos negócios do pai e aproveitou pra fazer sua faculdade lá mesmo. Nunca gostei dele, sempre o odiei. Ele era o tipo de garoto que era filhinho de papai, que se achava a última coca cola do deserto, adorava bancar o esperto, o conceituado e era cheio de marra. Eu sempre odiei homens assim, com ele não seria diferente. Ele adorava me tirar do sério com suas piadinhas e a minha vontade sempre era de voar no pescoço dele. Quando ele foi morar em outro estado eu dei graças a Deus, não suporto esse garoto. Gabriel me chamou e então eu peguei minha bolsa e sai do quarto. — Pelo visto vocês se reencontraram — Gabriel disse rindo e eu ignorei seu comentário. — Você tem que ensinar sua irmã a receber as pessoas direito, muito m*l educada — disse em tom de deboche. — Cuida da sua vida, moleque — chamei o elevador e nós entramos. Conheço Diego desde nova, nossa diferença é de cinco anos. Ele sempre gostou de me chamar de pirralha, de fedelha porque sabe que eu odeio e isso é um outro motivo para eu odiar ele. Seu carro estava no outro lado da rua, era um creta preto, eu não entendia muito de carros, sabia o nome de poucos e um deles era esse. Gabriel entrou na frente e eu atrás, colocamos o cinto porque o senhor sabe de tudo exigiu. Tédio de Diego. Fomos pra praia de Ipanema, estava lotada e até esqueci que estava com o insuportável do Diego quando coloquei os pés na areia e senti aquele ventinho gelado no meu rosto. Eu amava praia. Arrumamos um lugar pra ficar e Gabriel alugou umas cadeiras e um guarda sol. Eu estava pálida, precisa pegar uma cor, coloquei minha canga no chão e tirei minha roupa. Enquanto os meninos tentavam abrir o guarda sol eu fui dar um mergulho. Eles que lutem. A água estava uma delícia, fiquei um tempo e depois sai. Quando voltei Gabriel e Diego já estavam sentados de baixo do guarda sol. Gabriel estava tomando uma cerveja. — Eu quero — abri o isopor e peguei uma pra mim. — Pra você é suco — Diego bebericou seu refrigerante — Quero ser preso por estar dando bebida alcoólica pra menos de dezoito não. — Cuida da sua vidinha, cuida meu anjo — coloquei meu óculos de sol — Antes que essa latinha pare na sua goela. — Vocês dois são tão cansativos — Gabriel bufou. Ignorei a presença dos dois e coloquei bronzeador no meu corpo, alguns que passavam olhavam para minha b***a, não dei a mínima, o que é bonito é para ser mostrado. — Garota, custava você vir com um Maiô? — eu ri — Esses caras igual urubu carniceiro olhando pra tu. — Fazer o que se sua irmã é gata — pisquei e ele bufou. Ficamos a tarde toda na praia, eu fiquei pegando sol, bebendo e indo pra água. Diego não bebeu porque disse que estava dirigindo e por aqui é muito comum ter blitz e lei seca. Gabriel estava enchendo a cara, já estava chato porque ele não parava de falar. Antes de ir embora pedi para que biel tirasse umas fotos minhas. Quando deu cinco e meia nós partimos, o pôr do sol estava tão lindo que até tirei uma foto para postar depois. Pegamos um trânsito de uma hora e eu fui obrigada a vir sentada num plástico porque Diego disse que eu não ia molhar o banco dele. Que ódio. Chegamos em casa umas sete e pouca. Eu estava morta mais tinha que ter energia para mais tarde. Gabriel chegou se jogando no sofá e ficou por lá mesmo, eu fui direto para o banheiro lavar minha cabeça e tirar esse biquíni molhado que já estava me incomodando. Sai do banho com meu típico blusão e só de calcinha, sequei meu cabelo o máximo na toalha e deitei. Coloquei o telefone pra despertar nove e quarenta. Antes de dormir postei as fotos no meu **.
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