Terror Narrando
- Vontade de quebrar a casa que eu estou, quem esse filho da p**a pensa que é. Mano, eu já vi de tudo nessa vida, mas essa obsessão doentia que ele tem por essa menina vai além de tudo que eu já vi e vivi. A garota não tem ninguém na vida e passando por tudo isso sozinha. Nunca gostei de me envolver nessas coisas, óbvio que eu ajudaria qualquer um como ajudei ela, mas o máximo que faria é dar a proteção do meu morro e uma casa pra pessoa de reerguer, mas ela eu sinto vontade de estar perto o tempo inteiro e cuidar como ninguém nunca cuidou de mim. Não posso deixar ela sozinha no mundo, como eu fui sozinho. Sem machismo, mas eu sou homem e me virei, cresci na rua e fiz meu corre, mas como uma menina mulher da idade dela, que sempre teve o pai como alicerce, vai se virar com um cara desses na cola dela.
- Fico com medo de dar alguma mancada e ele conseguir por as mãos nela, não vou me perdoar por isso. Nunca agi assim com ninguém e eu não sei o que está acontecendo, nunca tive um sentimento bom que fosse dentro de mim, mas quando estou com ela me sinto livre e sem as armaduras, consigo interagir e brincar sendo o Bernado e não o Terror.
- Fumei mais um baseado e fiquei perdido nos meus pensamentos. O ideal seria ela morar aqui comigo, vou ficar vigiando ela 24h por dia, ela vai estar sobre minha vista e assim eu posso ficar mais tranquilo, mesmo que a casa dela seja aqui do lado, não acho tão seguro quanto ela do meu lado. Quando eu colocar as mãos nesse cara, não vai sobrar um dente, ele tá fudido e tá conseguindo despertar o demônio que estava guardado todo esse tempo.
- Não ia resolver nada, mas não queria que ela ficasse aqui perto. Precisava extravasar essa raiva que estou sentindo, e ela não precisa ver esse meu lado. Decidi ir na casa dela dar o papo que o ideal era ela morar aqui comigo, não sei como vai ser, nunca morei com ninguém e ninguém tem acesso a minha casa, mas eu vou me esforçar pra que ela fique segura e aqui comigo. Terminei de fumar e fui pra casa dela, chamei na porta e nada dela vir, talvez ela esteja dormindo. Dei meia volta pra voltar pra casa, mas algo estava me incomodando e eu precisava ter a certeza de que ela realmente estaria dormindo. Voltei e abri a porta, depois ela me dá um fora por ter entrado assim mas que se f**a, pelo menos vou ter a certeza de que está tudo bem.
- Olhei no andar de baixo e nada dela, fui subindo as escadas, olhei todos os cômodos e nada, bati na porta do quarto que possivelmente ela está dormindo e gritei pelo nome dela, mas não obtive respostas. Fiquei meio pá, mesmo que ela estivesse dormindo, acordaria comigo chamando e batendo na porta. Resolvi dar um empurrão forte na porta e ela se abriu, mas tinha algo impedindo de abrir ela por completo. Empurrei com mais força e vi ela no chão, com os lábios roxo e a pele também, fiquei desesperado sem saber o que aconteceu. Dei dois tapas no rosto e nada dela reagir, a mina estava sem cor mano, com uma corda no pescoço, eu não acredito que ela tentou contra a própria vida, isso é absurdo. Ela estava literalmente desesperada, que isso.
- Peguei ela pelo colo e fui descendo as escadas desesperado. Gritei meus seguranças que estavam no meu portão e eles já vieram com o carro, entrei na parte de trás do carro com ela e seguimos pro postinho chinelando. Fiquei encarando o rosto dela, tão linda mas com o aspecto de sofrida, a vida realmente não tem sido fácil pra ela. Fiz um leve carinho em seu rosto, mesmo não gostando de toques. Sussurrei em seu ouvido "luta pra viver" bem baixinho. Seus sinais vitais bem fraquinho, fiquei bem comovido com tudo isso que estou presenciando. Uma mina nova, tem a vida inteira pela frente e tentou contra a própria vida, o bagulho não é brincadeira não, tem gente que não tem cabeça pra lidar com tudo isso, não julgo ela, esse cara está acabando com ela em vida, se tu não tiver a cabeça no lugar, tu pira mesmo. Cheguei no postinho gritando feito um desesperado.
Terror: ATENDIMENTO PRA PATROA AQUI c*****o. - falei gritando.
Médica: Coloca ela aqui na maca. - Disse vindo com a maca e uma equipe médica.
Terror: SE ELA MORRER, GERAL MORRE NESSA p***a. - falei autoritário.
Médica: O senhor sabe o que aconteceu? - Perguntou querendo saber informações.
Terror: ISSO NÃO IMPORTA c*****o, SÓ SALVA ELA, TA PERDENDO TEMPO. SE ELA MORRER GERAL MORRE NESSA p***a EM, VOCÊS VÃO VER O d***o AQUI. - Falei gritando e totalmente fora de mim.
- As médicas entraram com ela pra uma sala e eu Fiquei andando de um lado pro outro. Meus seguranças ficaram me olhando com uma cara e eu lembrei do que eu disse, falei que o atendimento era pra patroa, que cagada. Que se f**a também, eles pensando que ela é minha fiel, vão fazer de tudo pra salvar ela com medo de morrer.