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1077 Words
- Entramos e ficamos um pouco destacadas, Bianca pegou um drink pra ela, nem sei o que beber, nunca bebi. Bianca: Amiga, você vai precisar beber pra gente curtir isso aqui. - Falou rindo. Maria Clara: Pega o mesmo que o teu, não conheço de bebida, então tá tudo certo. - Disse rindo. - Começou o grupo de pagode, aquela energia boa tomando conta de nós. Desce drinks, conversa boa, risada gostosa, tudo que eu precisava nessa vida e nem exagero. Estava nas nuvens, me sentindo solta, liberta, cada gole do meu drink era uma sensação de liberdade. - Pedi pra Bianca tirar uma foto minha e postei nos status do w******p, só tenho ela e o Terror, mas que se dane hahahahah. Postei a foto com a seguinte legenda " liberdade é pouco, o que eu quero não tem nome.." coloquei o celular no bolso e fui viver. - No intervalo do pagode começou os funks e a gente deu o nosso nome, quebrei tudo meu amor, sou cria de favela, quebrar é comigo mesmo. Chegou uns caras perguntando se podiam ficar na mesma mesa que nós e a Bianca deixou, depois eles começaram a interagir com a gente e são muito maneiros por sinal, parecia que geral já de conhecia a décadas, o que s bebida não faz. - Fomos no banheiro e uma menina tentou fazer graça com a Bianca, mas ela prontamente colocou a menina em seu devido lugar, gosto assim, sem abaixar a a cabeça pra ninguém. Ela me explicou o rolê dessa menina lá na padaria e que marmita chata são essas, fico incrédula, de verdade. - Voltou o grupo de pagode e agora só as românticas, quem tá amando fica triste uma hora dessas, ainda bem que não é meu caso. Mas quando puxaram "tenho medo" do sorriso maroto, fiquei tristinha e sem saber o porquê, já devo estar bêbada, só pode. SERÁ QUE É MELHOR AGORA EU SER SINCERO E FALAR, OU SERÁ QUE É MELHOR GUARDAR ESSE SEGREDO E NÃO ARRISCAR... - Só me veio ele na mente e eu resistindo pra não ficar pensando nele, não tem cabimento isso, não tem coerência nenhuma, não tenho nenhum sentimento por ele, não sei porque isso está acontecendo. Fiquei perdida em meus pensamentos e a música judiando do meu ser. PORQUÊ SE VOCÊ SE AFASTAR DE MIM EU VOU SOFRER, PERDER SUA AMIZADE NAO VAI SER LEGAL. TENHO MEDO DE ESTAR CONFUNDINDO, MAS O QUE EU ESTOU SENTINDO É ESPECIAL... - Que infernoooooo, comecei a beber pra valer, era cerveja, era drinks. Era tudo que tinha direito, já estava bebissima e a Bianca não ficava pra trás. Acabou o grupo de pagode e os funks começaram, acho que isso virou um baile, isso sim hahahahah. TÁ DE BRINCADEIRA? TÁ DE BRINCADEIRA? PRA QUE FALAR m*l DA MACUMBA SE EU TO COMENDO ESSA MACUMBEIRA... - Nós e os meninos dançando como t****k e rindo horrores, eu realmente estava feliz e solta. Não sabia que existia ainda esse meu lado, feliz, palhaça e descontraída. Ficamos curtindo feito loucos, até cigarro fumei sem nem saber, fiquei tossindo igual uma safada depois e desisti disso, não é pra mim hahahahah. Já era tarde, quase 00h e os meninos decidiram levar a gente em casa, saímos do pagode indo em direção ao carro deles, antes mesmo da gente entrar, a Bianca se destacou e ficou conversando com um dos meninos, o que se interessou por ela. O outro veio em cima de mim e eu nem sabia como reagir já que eu NUNCA dei um beijo em seu ninguém. Ele era até bonito, tinha deu charme, loiro dos olhos claros, mas não era ele que eu queria beijar. Na hora que ele encostou seus lábios nos meus, mesmo sem querer, eu iria retribuir. Precisava sair dessa loucura que está minha cabeça depois desses drinks. - Um carro freiou praticamente em cima da gente e era ele, ele só me olhou com aquele olhar mortal e eu me arrepiei todinha e disse apenas uma palavra. "Entra". Relutei de início mas a cara dele não estava legal e eu não queria um escândalo aqui, já que todos pararam pra olhar pra gente e o menino que era branco, virou porpurina ou sei lá o que. Entrei no carro em silêncio e ele saiu cantando pneu, deixei até a Bianca pra trás, quem ele pensa que é. Maria Clara: Quem você pensa que é pra fazer isso? - Disse autoritária. Terror: Para de gritar p***a, tá doidona aí, se esfregando no arrombado lá. - Falou gritando. Maria Clara: E O QUE VOCÊ TEM A VER COM ISSO? TU NÃO ME MANDA NÃO. - Disse p**a da vida. - Ele permaneceu quieto e aquilo estava me irritando, respirei fundo pensando mil vezes o que falar, mas estava muito bêbada e parece que o carro andando estava piorando minha situação. Maria Clara: Terror, sou muito grata por tudo que fez por mim, mas você não vai me prender. Fiquei muito tempo presa, mas o ferrugem tinha um motivo, mesmo que totalmente c***l, ele tinha um. Era obcecado por mim, você não tem, então não faça isso. - Disse tentando falar com calma. Terror: Não me compara com esse merda, tá doidona e mais uma vez falando merda. Você é livre, mas aqui no meu morro, você não vai ficar com ninguém. - Falou sério e em tom alto. Maria Clara: Porque não vou? - Disse com a voz baixa. Terror: Porquê eu não quero e se eu ver, alguém morre e a culpa vai se sua. Quero ver se vai ter peito pra ter a morte de alguém nas suas costas. - Falou e entrou na garagem. Maria Clara: Não é assim que as coisas funcionam, você fica com quem quiser, eu não posso? Então prefiro ir embora, nós não temos nada, para com essa maluquice. Não sei sua idade, mas a nossa diferença de idade deve ser altíssima, mas mesmo assim, isso não te faz meu pai, ele já morreu a tempos. - Disse na intenção de ferir o ego dele mesmo. - Sai do carro e ele também, mas permaneceu em silêncio. Comecei a ver tudo rodando e vomitei tudo na varanda, ele me ajudou segurando meu cabelo, vomitava muito, Jesus que horror. Ele me pegou no colo, me levou para o seu quarto, abracei ele pelo pescoço e comecei a chorar. Gente bêbada é um desastre cara.
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