Mulher

810 Words
Mais tarde, ele entrou nu, e ela fechou os olhos. _ Roupa para jantar. _ Vai se.. Ela o olhou horrorizada, e Klaus não teve coragem de concluir. _ Fiz uma comida que você gosta e vai me tratar assim. _ Não sei ser diferente, cresci em sanatórios, no meio de gente da piior espécie, tinham pessoas boas, com problemas é verdade, mas também marginais que a família mandava para lá, era melhor do que a cadeia. Não sei como ser diferente. _ Pode começar não me dizendo essas coisas, qrite quando precisar se acalmar, mas não comigo. _ Não se incomoda com os meus gritos? _ Não. Desde que não seja para mim Klaus a olhou como se desejasse decifrá-la. Ela provou o ensopado dele. _ Pode comer, não vai se queimar. Ele não comia com colheres que fosse usadas por outras pessoas, mas comer com a colher que foi usada por ela não o incomodou. Se sentou, a mistura de carne e legumes era maravilhosa, tão diferente dos legumes sem graça que ele comia antes da chegada dela. Klaus terminou a comida dele, mas queria mais. Era bom ter comida nova, temperada e estar sentando em uma mesa depois de tantos anos. _ Me deixe comer a sua, a da panela está quente. Lia entregou o prato para ele, e colocou outra porção para ela. No fim podia realmente ser a mulher dele. _ Pode comprar uma cama? Depois da comida, Klaus estava deitado na esteira, mas sabia que ele estava acordado. _ Porque? _ Frio. Nos dias de chuva sinto frio e as cobertas são finas. E em alguns dias perco o sono, pelo frio, mas também porque vi uma cobra lá fora, tenho medo que rasteje até o tapete. Ele não falou absolutamente nada, voltou a ficar mudo. Então ela entendeu que continuaria a dormir no tapete. Estava sentada penteado os cabelos quando ele apareceu. _ Faça uma lista de tudo que precise. Estamos indo comprar. Esse horário é mais calmo. Ela correu para fazer. Antes que ele mudasse de ideia. Precisava de panelas, utensílios, mas poderia ver gente. Gostava do santuário, mas caminhar era bom. Ela se vestiu. E pela primeira vez Klaus estava vestido adequadamente, calça jeans, tênis e camiseta. Ele tinha uma 4x4 também, atrás tinha uma espécie de mini carreta, era própria para transportar móveis. A viagem foi silenciosa. _ Não sabia que dirigia fora da propriedade _ Precisei aprender. Mas não gosto muito. O outros motoristas são uns verdadeiros idiot@s. Depois de 2: 35 minutos pararam. Era uma espécie de atacadão. _ Escolha uma cama box resistente, estarei dormindo com você. Precisa ser rápida, estou medicado, mas posso entrar em crise e se acontecer provavelmente acabarei com um monte de policiais em volta. Na verdade ele não estava medicado, mas preferiu não dizer a ela. Em casa ele gritava, cortava madeira, corria ou nadava. Se ele gritasse descontroladamente dentro de um estabelecimento chamariam a polícia. As pessoas não estavam preparadas para o diferente, um homem daquele tamanho, com cara de m@l, assustaria as pessoas. _ Vou ser rápida. As opções eram poucas, escolheu uma cama de casal tamanho Queen. Klaus usou um cartão gold para fazer o pagamento. Ela já tinha escolhido duas caixas com panela e louças. voltaram para o carro. Ela queria comprar alguns itens pessoais, mas não tinha dinheiro e não se sentiu confortável em pedir isso. Dois funcionários colocaram a cama no carro, amarram e Klaus partiu. Ele não disse mais nenhuma palavra, mas as veias nas mãos dele ficaram altas, o controle estava por um fio. Assim que entraram em uma área mais remota, Klaus começou a se despir. _ Sabe dirigir? Lia _ Sei, mas não gosto e não tenho muita prática. Ele estacionou. _ Assuma o volante. Só precisa ir devagar, podemos chegar em casa a noite. _ Não quero dirigir. _ Temos duas opções, ou você assume o volante ou me chup@ até eu acalmar, não tenho mais condições de dirigir. _ Klaus.. Ele a encarou, Lia viu o fogo nos olhos dele. Passou para o banco do motorista. O carro era pesado, assim como o dono, não era de direção hidráulica, mas conseguiu dirigir sem sair da estrada. Klaus se deitou no banco de trás, jogou a cueca boxer no chão do carro, as roupas o incomodavam além da medida. Ele precisava providenciar roupas totalmente de algodão, ou não conseguiria usar. Pelo retrovisor ela o viu deitado. Alguns minutos depois, Klaus fechou os olhos, as tatuagens eram do tempo das clínicas, ele fazia para passar o tempo, havia cicatrizes em vários pontos. _ Tire os olhos de mim, e coloque na estrada. Tinha sido pega, mesmo ele estando de olhos fechados. Evitava olhar para a parte mais intim@ dele. Mas precisava adimitir que a sensação de formigamento começava a crescer dentro dela.
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