Malva
Abro a porta do meu quarto e, ao olhar para cima, vejo um embrulho vermelho com um laço gigante em cima da minha cama. Aproximo-me, perplexa, e ao tocar no pacote, percebo que é uma caixa. Desembrulho, fazendo uma oração silenciosa para que não seja uma brincadeira do psicopata, e, como se tivesse ouvido meus pensamentos, escuto sua voz.
— Você ainda não tomou banho, está fedendo! — arrepio-me ao vê-lo entrar no meu quarto.
Viro-me para ele e, apesar de Nero ser incrivelmente bonito e carregar consigo uma aura de mistério, há algo denso e estranho em sua energia. Um frio percorre minha espinha enquanto ele permanece próximo à porta.
— Isso não tem nada a ver com você, certo? — pergunto.
— Eu sou mais autêntico, não curto essa cafonice de laços. Na verdade, não sou de dar present
