Cérbero Narrando Encostado na grade do camarote, visão lá debaixo da pista, som estralando, luz piscando, cheiro de lança e maconha no ar. Eu tava na minha, só observando o corre, cada passo, cada movimento, como sempre. Mas aí… vi o Betinho. O pivete se aproximando dela, a mina que eu mesmo botei na mira e puxei o dedo por causa daquela gracinha que a Tânia tentou fazer. A mesma mina que me fez gastar munição sem dó. O sangue começou a ferver, senti os músculos do braço enrijecendo, a mão coçando na peça. Mas não era só por isso, não. O que tava apertando minha mente mesmo… foi a lembrança de quando eu entrei no baile e passei por ela. Vestidinho branco colado no corpo, lateral aberta mostrando pele demais, e na minha visão treinada… dava pra sacar fácil que ela não tava usando nada p

