Macabro Narrando Fala tu, cria... Mais um dia começando no veneno. O sol nem nasceu direito e eu já tava de pé, com o pensamento acelerado. Hoje é dia de bailão, dia de ver as novinha descendo até o chão, de ver as braba do asfalto mostrando que o funk é religião. Levantei no pique, me encarando no espelho Joguei uma água no rosto, vesti o kit e já parti pro giro na quebrada, daquele jeitão: olhar afiado, fuzil na bandoleira e a mente ligada em cada movimento. Dei aquele tapa na porta da dona Alzira pra agilizar o rango — café da manhã tem que vir quente igual minha disposição. No Turano, vacilação custa caro. Aqui ninguém pisa fora da linha sem pagar o preço. Eu sou o Macabro, p***a. Um dos caras mais temido do morro, o terror da Norte. Não sou tão bruto quanto o Cérbero, mas sou c***

