Labirinto Narrando Mano, três dias… três dias largado nesse chão gelado da pørra dessa sede, tratado pior que cachorro de rua. Eu, Labirinto, que já fui chefe de área no Rio, respeitado, temido, agora jogado num canto escuro, recebendo uma refeição de merda por dia e um copo d’água que só vinha quando eu calava a boca. Porque se eu ousasse reclamar, o Curupira vinha com a marra dele e jogava a água na minha cara, rindo, como se fosse dono da minha vida. Três dias nesse inferno. Três dias ouvindo o eco da minha própria raiva dentro da cabeça. Três dias sem entender que caralhø essa mina tem pra esse desgraçado do Cérbero se doer tanto assim por ela. Porque foi essa mina, essa autora de merda, que começou essa confusão toda. Eu lembro da hora que soube. Ela escrevendo sobre coisa que só

