Capítulo 158 Calíope

1180 Words

Calíope Narrando Os braços dele me cercam, firmes, pesados, como se fosse a muralha mais forte do mundo. Eu sei que ele não quer me machucar, eu sei. Mas minha mente não me deixa esquecer. Fecho os olhos e sinto como se estivesse de novo sendo puxada pelo cabelo, sendo arrastada no chão frio, como se minha pele ainda carregasse o fogo das queimaduras, como se cada músculo ainda tivesse a memória da dor. Mordo os dentes até quase estalar, tentando prender o grito que insiste em sair. Tento me convencer: não é ele, não é eles. Ele não tem culpa. Ele nunca encostou em mim sem meu consentimento. Se quisesse me destruir, já teria feito. Eu sei disso, confio nisso. Mas meu corpo não entende a lógica. Ele treme, rejeita, repudia o toque masculino — mesmo sendo dele, o único que nunca me forçou

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