Cérbero Narrando
Saí do banho ainda fervendo por dentro. Podia esfregar a pele até arrancar, que a p***a da raiva não saía. O verme já tava morto, todo estraçalhado, fedendo no cimento, mas só de trombar com a mina na praça… pqp, parecia que cutucaram a ferida de novo. O sangue voltou a ferver.
Enxuguei o corpo na pressa, passei o desodorante, taquei uma colônia só pra disfarçar o cheiro de ódio. Toalha enrolada na cintura, fui até o closet, puxei a primeira cueca, bermudão largo, camiseta básica. No espelho, minha cara era só revolta.
Peguei o telefone que só uso pras p**a, abri o zäp e mandei:
Mensagem On
— Onde tu tá, Jade?
Demorou nada, a bandïda respondeu:
— Tô subindo o Turano.
Ri de canto, já digitando:
— Tá adivinhando que eu ia te chamar, era pørra?
— Sempre sei quando o
