Calíope Narrando Mano do céu… até agora não acredito que a Érika descobriu que Carol e Calíope são a mesma pessoa. Eu sempre soube que era questão de tempo, mas não imaginei que fosse tão cedo. Ainda mais depois daquele comentário anônimo no último capítulo: “se essa autora tiver descrevendo alguém que eu conheço, esse livro vai estourar”. Foi ali que minhas pernas tremeram. Pensei até em parar de escrever. Só que eu nunca fui de desistir. Dormi pouco, mas quando acordei — porque eu não sou de ficar largada na cama, nem quando passo a madrugada acordada —, lembrei do que tinha rolado com o Cérbero no finzinho da madrugada. Não sei se aquilo me deixou mais raivosa ou mais acesa. Só sei que, quando meti os dedos no teclado, as palavras vieram como avalanche. O dia amanheceu, terminei o ca

