Cérbero Narrando
A mente tava fritando, pique panela de pressão prestes a explodir. Eu vinha colado na moto, atrás daquele carro maldito, e cada vez que eu lembrava da cena no morro, minha raiva só aumentava. A forma como meteram a mão nela, como se fosse qualquer uma… pørra, aquilo não saía da minha mente. A mina não é bandïda, não é cobra, não é nada disso. É só uma moradora que gosta de escrever, que se perde no mundo dela. E mesmo assim trataram ela como se fosse alvo.
O coração batendo pesado dentro do meu peito, parecia que queria sair rasgando o colete. Eu via o carro na frente e minha mente só repetia: “Ela tá ali dentro, cercada, assustada… e eu aqui, sem poder arrancar ela de lá.”
Quando eles pararam no casarão e abriram a porta, eu desci da moto no veneno. Meus olhos queimar
