Calíope Narrando O baile já tava pegando fogo, mano. A pista lotada, grave batendo forte no peito, fazendo até o chão tremer. Eu, a Larissa e a Érika távamos no meio daquele agito, rindo, dançando, se jogando sem pensar no amanhã, na correria da vida lá fora. Era só a gente e o som, o corpo no ritmo, a vibe desse lugar que só o Turano sabe dar. A noite só não prometia, como está sendo aquela que a gente vai guarda na memória, tipo momento de rei e rainha do baile. Enquanto a gente curtia, senti um toque de leve no meu braço. Era o Curupira, com aquele sorriso maroto e o jeito descolado dele. Ele chegou de mansinho, quase sem fazer barulho. Me deu um beijo na bochecha e a mão firme na minha cintura. Coloquei a mão em cima da dele, olhei séria, e ele soltou, levantando as mãos. — Ei, Caro

