Cérbero Narrando Firmei a postura, senti o peito queimar de raiva e responsabilidade ao mesmo tempo. A cena toda parecia um pudim prestes a desabar — Labirinto com a pose dele, Curupira com os olhos em brasas, Macabro de braço cruzados pronto pra qualquer corre. Respirei longo, medindo cada palavra como se fosse munição. — Chefe, pode deixar que eu pego ela — ouvi o Curupira dizer, voz curta, sem rodeio. — E, se eu puder, quero acompanhar até a sede do comando. O ouvido apitou com a ordem do Labirinto antes que eu pudesse responder. Ele pegou a minha frase no ar, rindo curtido, como quem já tem o veredito na mão. — Vim buscar uma suspeita — falou com a calma do cara que manda no plano — e vocês tão querendo escutar como se fosse a primeira-dama? Papo reto: vocês tão passando a mão dem

