Cérbero Narrando Fechei os olhos por um segundo. Vi ela. A pele lisinha, os lábios entreabertos, o olhar meio de medo, meio de desejo. Aquela vibe de quem nunca foi de ninguém, mas sonha em ser do bandidø mais perigoso do Rio. — Tu me escreveu gostando de mim sem nem saber... E agora quem tá doido sou eu. Parei. Respirei fundo. — Não vou só te cobrar, Calíope. Vou te marcar. — Rosnei travando o tablet e fui até a cozinha, tomei um copo de água olhei pela janela e voltei. Encostei no sofá, iPad na mão, abri o bagulho de novo, pørra tô viciado? Balancei a cabeça negandø. A tela do iPad brilhou. Avisando que haviz chegado notificação. Era mais um capítulo da Calíope. Já comecei a ler rosnando, porque parecia que a mina me conhecia no osso. Dessa vez ela não tá falando de mim, o capitul

