Érica Narrando Já não bastava ele ter passado na loja logo cedo e falado que precisava trocar uma ideia comigo, o safadø ainda ficou mandando mensagem de quinze em quinze minutos, como se eu fosse funcionário dele. Por pouco eu não mandei ele catar coquinho, eu não fui perguntar: “Cérbero não tinha serviço pra dar pro Iago não? Nenhum BO pra resolver no morro?” Mas segurei. Teve uma hora que o cliente até perguntou se era melhor ele voltar outro dia, porque o telefone não parava. Eu só desliguei e inventei que era cliente chato pedindo alteração no desenho. Odeio mentir. E no meio da raiva do ódio me veio a lembrança daquele dia. O dia em que o Iago meteu o louco achando que ia me cobrar na marra, achando que ia meter fundo dentro de mim como se fosse dono do meu corpo. Pois bem, quem ac

