Capítulo 4

1976 Words
ZOE Estava na minha casa me arrumando para ir a festa quando olhei em direção a minha varanda, me aproximei um pouco e vi Gael perto da piscina ao telefone, ele estava em uma ligação bem distraído, estava animado enquanto falava com alguém do outro lado da linha. Usava uma bermuda fina e estava sem camisa. Que homem! Simplesmente perfeito! Paralisei ali naquele lugar olhando para aquela visão maravilhosa, tinha até esquecido que estava usando apenas sutiã e calcinh@, poucos minutos que eu estava devorando aquele homem com os olhos sua atenção se desviou para mim, ele desligou o telefone e eu continuei encarando ele sem perceber que sua atenção estava completamente em mim, quando minha ficha resolveu cair já era tarde demais, ele percebeu minha cara de boba. Pisquei os olhos algumas vezes tentando acreditar que ele não estava prestando atenção em mim, claro, sem sucesso, ele estava sim com seus olhos em mim, respirei fundo, ele sorriu e eu corri pra dentro. Sim, eu literalmente corri para dentro do meu quarto, meu senhor ele me viu, ele me viu olhando para ele feito uma tapad@, me viu literalmente comendo ele com os olhos, e agora, será que ele vai contar para os meus pais que eu estava de roupas íntimas na varanda. Estou muito perdida se ele fizer isso, estou mesmo em apuros, irei ficar de castig0 para o resto da vida, o que eu faço agora. — Pensa Zoe, pensa. Você tinha que ter tomado mais cuidado, agora já era. O que ele vai pensar sobre você menina. — falei comigo mesma enquanto caminhava de um lado para o outro dentro do meu quarto. — Respira fundo Zoe, agora já era, o circo jpa pegou fogo. Respira. — respirei fundo. — Termine de se arrumar e bora Zoe. Depois você vai pensar em alguma coisa para desfazer isso. — fiz o que eu mesma me pedi, respirei fundo e fui terminar de me arrumar, já eram quase nove horas. — Relaxa porque hoje é dia de festa, amanhã você volta a sofrer por sua irresponsabilidade. — terminei de maquiar em frente ao grande espelho do meu quarto, peguei meu vestido e me vesti, meu salto e pronto, estava preparada para arrasar essa noite, simplesmente incrível, linda, cheirosa e maravilhosa. — Que gata. — Isa fala enquanto me olha da porta do meu quarto. — Você gostou mana? — dei uma voltinha me exibindo para ela. — Muito, está um pouco curto mas está muito linda maninha, vai arrasar essa noite, só que precisa ter responsabilidade ok? — ela me dá aquele toque de irmã responsável. — Pode deixar comigo, eu vou ter. — Porque não fecha isso. — ela se aproxima do blindex da sacada. — Eu já ia fechar antes de sair. — Você nem gostava de deixar isso aberto, agora vive assim. — É bom deixar um ar natural entrar dentro de casa,estou cansada do ar condicionado. — ela me olhou e sorriu. — Tá né. — ela respira fundo e senta na minha cama. — O Rafael vai estar nessa festa? — ela pergunta curiosa, peguei minha pequena bolsa e me sentei ao seu lado. — Vai sim, porque? — Olha, só faça o que sentir vontade de fazer, ok? — sorri para ela. — Fique tranquila mana, eu não vou trans@r com ele porque querem que eu faça isso. Se eu ficar com ele será porque eu realmente quero e não por obrigação ou algo do tipo. — ela pega em minhas mãos e sorri satisfeita. — Isso, maninha, gostei de ver. E se você achar que está no momento certo curte muito, porém se previna, você ainda é muito jovem e eu imagino que ainda não queira uma gravidez né. — sorri de nervoso. — Ainda posso esperar para ser titia. — Não eu não quero, não quero mesmo e o papai e a mamãe me matariam. — ela acha graça. — Não, eles não te matariam. — ela sorri. — Porém você teria grandes responsabilidades. — eu concordo. — Isso é verdade. Mas não se preocupe mana, eu não pretendo ter um bebê agora. — abri minha bolsa e tirei um preserv@tivo de dentro. — E a mamãe e o papai me deram isso para que eu pudesse me prevenir. — ela sorri. — Eu também passei por essa etapa não se preocupe. Meu Deus, eu queria morr&r quando o papai todo sério começou a falar sobre os riscos de praticar uma relação sexu@l sem o uso do preserv@tivo, eu só queria me esconder dentro do sofá. — ela fala divertida. — Essa foi literalmente minha vontade. — concordei sorrindo. — Mas eles se preocupam conosco e se tem algo que não vamos poder dizer por aí é que não tivemos essa orientação dentro de casa né, eles realmente nos orientaram. — Sim mana, eles realmente nos prepararam para isso, eles sabem que em algum momento vai acontecer, e é muito bom poder conversar com eles e com você sobre isso, obrigada mana. — abracei ela agradecida. — Por nada minha lindinha, agora eu vou indo porque o Vini está para chegar e nem banho eu tomei. — sorri e tapei o nariz. — Percebi mesmo. — falei em tom de brincadeira, ela me joga o travesseiro. — Não é para tanto, ok, eu tomei banho semana passada, não está tão r**m. — ela fala divertida, eu abraço ela novamente. — Te amo muito mana, obrigada por tudo. — falo amável. — Eu também te amo, e se precisar conversar não se esqueça que eu também sou sua amiga além de irmã. — Eu sei disso. — ela respira fundo, ajeita o travesseiro e se levanta. — Então é isso, deixa eu ir para o meu banho e você se cuide, se divirta mas não se esqueça de usar o presentinho da mamãe e do papai se for necessário. — Pode deixar, se eu precisar vou usar. — falo divertida, depois que ela me deixou sozinha no meu quarto dei mais uma espiada pela varanda, nem um sinal do meu vizinho gostos0, sorri sozinha, fechei a porta de blindex, peguei minha bolsa e fui até a casa de Marina, iríamos juntas para a festa. Quando passei lá ela já estava linda e maravilhosa, nos exibimos uma para a outra e em seguida fomos para a casa da Ana. Ao chegar lá avistamos Pedro, ele veio em nossa direção e nos cumprimentou simpático com um abraço e um beijo no rosto. — Caralh0, não sei qual das duas tá mais linda, acho que vou ficar com as duas essa noite, o que vocês acham? — ele fala divertido, sorrimos e em seguida adentramos na festa animados. — Você já está pegando alguém? — Marina perguntou animada para Pedro. — Dei uns pegas na Raquel, mas ela tá grilada, tá com ciúmes bobo. — Uns pegas, sei. — falei rindo. — E ela está com ciúmes de quem? — De tudo que é mulher, a mina hoje tá surtando. — Fica de boa, ela está assim porque você é um gato, ela está muito afim e você sabe, está com medo de você sair pegando geral. — Espero que não fique brava muito tempo, porque senão vou pegar mesmo. — Não fala isso Pedro, ela é muito de boa. — ele revira os olhos. — E o Bruno, ele já chegou? — Marina pergunta curiosa. — Chegou sim, está lá perto da piscina jogando sinuca com o Rafael. — Olha aí amiga, o Rafa também já está aqui. — Novidade né amiga, não se esqueça que o convidado principal da Ana é o Rafael. — Isso é verdade, ela já está pendurada nele. Meninas eu vou ir ali dar uma volta, já encontro com vocês. — Pedro fala divertido ao ver Raquel. — Vai lá mesmo acalmar ela. — Marina fala e sorrimos. — Você não tem ciúmes do Rafa com a Ana amiga? — Marina pergunta curiosa. — Porque eu teria? Não temos nada sério, eu não tenho que ter ciúmes. — Marina faz uma careta engraçada, pega uma bebida e me entrega. — Eu queria ser assim tão de boa, eu queria não sentir ciúmes do Bruno, mas eu sinto e muito. — Mas você gosta dele amiga, é diferente. — falei tranquilamente enquanto caminhamos em direção ao jardim. Assim que nos aproximamos Bruno e a turma de amigos que estava com ele chama nossa atenção, seguimos até eles e cumprimentamos a todos. Rafael se aproxima de mim por trás e beija meu pescoço. — Boa noite gatinha, tá linda em. — ele me abraça e eu agradeço o elogio. — Obrigada Rafa, você também está um gato, mais do que já é. — ele sorriu, eu selei seus lábios, ele me abraçou e envolveu minha boca em um beijo mais demorado. Poucos instantes depois me sento perto de Marina e ele volta a jogar sinuca, ficamos ali próximo a eles conversando e bebendo, Ana se aproximou de Rafael e lhe entregou uma bebida, em seguida sentou ao nosso lado e começou a conversar conosco na roda. Estava tudo bem por ali, a conversa estava boa e todo mundo estava se divertindo, fui para perto da piscina onde tinha algumas meninas dançando, me juntei a elas e comecei a dançar enquanto bebia meu drink. Marina dá aquele breve sermão em Bruno e em seguida se junta a mim, estamos dançando quando senti um olhar sobre mim, sabe aquela sensação de ser observada? Foi exatamente essa sensação que eu senti. Meus olhos percorreram todo o ambiente, Marina fala algumas palavras para mim que eu confesso, não consegui prestar atenção, olhei para trás e do outro lado da piscina ele estava lá, sentado bem tranquilo me encarando, minha respiração falhou e minhas pernas bambearam. Gael não tirava os olhos de mim e eu não sabia se estava feliz ou envergonhada com aqueles olhos em mim. A loira de mais cedo se aproxima dele e senta em seu colo, ela pega sua bebida e degusta, seus olhos se desviam dos meus e eu viro de costas novamente para ele. — Merd@! — falei sem saber direito qual o sentimento estava sentindo naquele momento. — O que foi? Ficou com ciúmes, é!? — Marina fala rindo. — Eu nem conheço ele amiga, na verdade estou com vergonha porque ele me viu espiando ele hoje pela varanda, e para ficar tudo ainda melhor eu estava de calcinh@ e sutiã olhando para ele feito uma palhaça. — Que? — ela me olha confusa. — Pois é, foi o que aconteceu. — Amiga, tu tá ingerindo bebida batizada? — olhei para ela e achei graça. — Como assim doida? — olhei para meu copo rindo. — Como assim digo eu, estou perguntando se você está com ciúmes da Ana se jogando para o Rafa e você veio me contar sobre nosso vizinho. — ela começou a rir. — Não entendi. — O que? — olhei em direção ao Rafa e a Ana que estavam conversando bem animados. — Não amiga, não estou com ciúmes dele, já disse, não temos nada. — respirei fundo. — Eu pensei que você estava falando do nosso vizinho gostoso, ele está bem ali sentado me olhando com aqueles olhos safad0s. — olhei disfarçadamente para onde ele estava e não o vi. — Ué, cadê ele gente. — virei completamente meu corpo, olhei e nada. — Boa noite Zoe! — senti um frio na espinha que me fez arrepiar por inteira quando ouvi aquela voz, olhei para Marina que estava me olhando e rindo. Merd@, assim ela não me ajuda. Respirei fundo e me virei devagar, ergui a cabeça e olhei envergonhada para ele, ainda bem que a música estava alta, assim o risco dele ter me ouvido é menor.
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